Eu escalo as paredes da madrugada
Preso a uma teia eu espero a brecha
O deslize da servente,
O descuido do teu anjo da guarda
Eu espero ser esquecido dentro do bar
Com o cigarro já no filtro
Queimando os dedos
E as putas rejeitadas
A procura de carinhos sinceros
Eu adormeço cada noite
Em um par de coxas diferentes
E em cada uma delas
Um conto, um divã me entende
Gainsbourg, Gainsbourg
Absinto para as alma pobres
E flores do mal para as mais belas