O amor é cego diante dos defeitos, porque está ocupado demais olhando as qualidades.
E, por ser cego, faz com que os amantes se especializem na arte do tato.
É no apagar das luzes, no fechar das pálpebras que os amantes se veem realmente; os corpos convertidos num núcleo de prazer, onde todos os sentidos participam de um banquete às escuras.
Se abrem os olhos, à procura um do outro, abrem também a porta para um instante de eternidade