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jbcampos

Farol do Paraíso
Numa ilhota, bem longe da civilização, nascera Carlos, uma saudável criança de olhos verdes e cabelos cor de mel o qual crescia alegre e feliz, nos idos de antanho.
Era uma ilha paradisíaca onde o seu velho pai fora o faroleiro do local por toda a sua vida, e por onde navegaram milhares de navios e caravelas.
A torre e o velho farol datam de séculos passados.
O velho Euzébio, pai de Carlos, nascera no local, e jamais conhecera outras plagas.
Carlos contava histórias do tataravô paterno com tanta autenticidade que vinham confirmar a estada daquela família ali na ilha por muito tempo.
Muitos navegantes paravam na ilha para seus pernoites, desde a época dos famigerados piratas.
Num belo dia atracou um pequeno veleiro na ilha e como era de costume, Euzébio foi fazer a sua inocente cortesia ao senhor que ali chegara com seus marinheiros.
Rinaldi, um italiano que por ali passava pela primeira vez.
Carlos estava com 13 anos de idade, portanto, no auge de sua vida de infanto juvenil.
Muitos visitantes do longínquo local já ouviram falar do Farol do Paraíso.
Sabe como são essas coisas, um conta um conto, outro acrescenta um ponto, e torna se uma lenda desmesurada.
Rinaldi trazia com ele uma garota de 11 anos, da qual dizia ser o genitor.
Em uma conversa particular com Euzébio, Rinaldi conseguiu um favor inestimável concedido a um pai que ama profundamente a sua filha.
Disse lhe o visitante que, não estava muito à vontade com seus marujos e que eram jovens estranhos os quais ele se obrigara a contratar para aquela viagem de quase 800 km, e que infelizmente a sua esposa naufragara naquela mesma viagem, e que a sua amargura transpusera os limites de suas forças etc.
Explicou também que estava perdido por aquelas bandas.
O combinado era que a menina ficasse por apenas uma semana no local e, que voltaria para pegá la.
Muito bem, partira Rinaldi, enquanto a menina ficara muito triste com a partida do velho italiano.
Aqui começa a felicidade de Carlos, ao conviver com a menina dos olhos negros e cabelos lisos e de tez bronzeada e reluzente.
Chegou o triste dia da despedida da garota Minalda, este era o seu nome.
Fizeram preparativos para festejar a chegada de Rinaldi, enquanto, Carlos encontrava se amuado, o seu coração estava vivendo a paixão de sua inexperiência.
Os preparativos para aquela chegada estavam completos, mas a expectativa era cruel, as horas passavam vagarosamente para aumentar mais ainda ansiedade de Carlos.
O pai já tinha percebido tudo, e sofria pelo filho, posto que passasse pelo devastador processo, tempos atrás.
Às 22h de uma noite estrelada avistaram uma luz no horizonte, e acharam ser o velho lobo do mar, Rinaldi, mas que nada Aquela embarcação passou ao largo e, Minalda ficou entristecida sobremaneira, pois, já estava machucada com morte de sua mãe.
Os dias se passaram e, eles deram por encerrada a esperança de o italiano voltar.
Afinal, o que acontecera com Rinaldi Carlos era filho único.
Agora tinha uma “irmã” pela qual se enamoraria alucinadamente.
Do livro: Impostor da rua larga

simbiótica da poesia
arquipoética
a
arte
da vida
faz parte,
arteiro poeta,
a musa arquiteta,
maestrina dest’arte.
é arte que atura a forma,
o espaço, é o astro agora,
astrolábio a guiá la ao norte.
a musa abusa da música
entoando a temática
pela matemática
na simbiótica
da rota.
nota.
fá.
do pensamento ao lábio onomástico do poeta,
destarte, a arte concreta do arcabouço tônico
na mão do arquiteto biônico na arte histriônica.
faz bem aos olhos e ao coração arquitetônico
humano qual regala o bom humor estrangeiro,
brasileiro nipônico, carioca paulista de brasília
ou de qualquer ilha, que maravilha de parnaso
a dar aso à asa do voador poeta trovador, vaso
de flor de odorífico amor, às vezes atleta jônico.
às vezes desmedido atônito, menestrel, rei irônico.
o tudo, o nada, o prédio, o tédio, a alegria, a calçada
desregrada e regada, bem aguada, desperdiçada no tédio
do majestático prédio estático, extasiado altaneiro, compacto
brasileiro.
arte que edita o seu valor hermafrodita e cosmopolita.
licença poética, social,
apoplética, especial.
cada arte com seu
menestrel
no intervalo
ao tropel cavalo.
bom senso do civil engenheiro
fiel companheiro de cálculo
preciso, quiçá, sem cálculo
no órgão renal, ao som do
órgão pascal, eclesial do
bem e do mal, o poema
entrelaça o todo da vida,
janela, lajota, vil janota
de dar nota na alegria
do tom maravilha, filhos
da musa, poética poesia
denota qualquer bel heresia.
arte concreta, poesia herética,
fantasia frenética, fala eclética,
de cana, feijão cozido ao pimentão,
de cana libertina, liberdade assassina,
de velha jovem cega, menina, rico nobre,
de trabalhador honesto e pobre,
de jóia, de josé descalço, de joão,
se arquiteta o teto de toda criação,
movimentando se pelo chão batido
sob asfalto no alto de seu sobressalto.
às vezes ao falso cadarço ao cadafalso.
o político, ladrão, traficante, nação pobre
nação que sobeja sobre velhaco ataúde
que ilude a nação mais nobre, porém,
atrás sempre vem o “big bang”
depois do velho trem.
assim se cria o planeta perneta
da costela de eva e doutras
tretas verdes e amarelas
repletas de sequelas.
adão já era
nesta era.
jbcampos

pingo
de
amor
poeta, músico por excelência
ao vibrato vocal de sua poesia
na ondulação expressiva mental
de sua paixão ideal.
a sua poesia
completa sua real fantasia dia a dia.
Como o pintor ao tocar com seu pincel
à arte formidável de antanho menestrel.
paz, fé, dignidade, amor o povo diz em coro
à Midas, ao vê lo transformar estanho em ouro.
ao tocar à flor, o poeta exala o perfume do amor,
fala, vibra, dando vida reta à natureza morta do pintor.
Seu pincel tange na plangência sonora e cromática da dor
pungente a qual toca o coração de toda a gente, porém, vem
consequentemente a alegria triunfar e sobrepujar ao tomar lugar
da dor, sempre ao se ouvir a voz do poeta trovador benemerente
neste sínodo, bruxo como a pancada do cinzel do escultor presente,
amaciante como amorável juiz ao padecer do paciente inocente.
neste
badalo
você está
presente,
badalando
sino aqui
vigente.
poeta você está presente em toda a gente
a rodopiar neste pião ao perder a rima
constantemente.
na etérea simetria matemática, maestro, maestrina, santa mão
de quem segura o cinzel.
Com maestria e performance de mestre,
semelhante à batuta do cientista da palavra de quem lavra com a fala
no justo tribunal, empunhando sua espada sem ignorar a tertúlia
do exímio ou do rábula em sua fábula, ou ao punhal do irmão
o qual tornou se irracional.
apenas um imortal em ação
com seu bisturi à mão a livrar o contraventor
da tão velha contravenção, avençando
sempre à memória de referência
sem igual em deferência
à obra imortal
do amor
maior
D
e
u
s
.

para
perder
a rima
em sua
cisma.
poeta,
pingo
de mel
jbcampos

amantes do amor
sidarta, o iluminado gautama, deixando o seu principado de lado,
o poder, a glória simplória, sua luxuosa cama, alcova alada,
quiçá, a luxúria ao longe da manchúria, povoado aliado
de antes, porém, hoje muito valorizado e industrializado.
conquanto, fora, e o é venerado da índia aos emirados.
confúcio, sábio chinês, lá atrás iniciou a trazer sua paz
iluminado, guiado, soube bem o que fez, sendo assaz
qual maomé em sua meca, após jesus tê lo influenciado.
nesses interregnos, houve a paz; e houve a espada atrás.
trocou se o fêz pelo fez, outra vez, talvez sem saber o que fez.
há milênios criou se a era axial, formação do eixo astral.
energias aos humanos, chakras coronarianos.
meridiano
frontal onde entra a sabedoria.
amins andarilham há anos
pelas pontas dos pés.
iluminados astros extrassensoriais
e porque não dizer: à francisco cândido xavier.
à mulher
pode se considerar a calcutá na realeza de mãe tereza.
à doce dulce a confirmar a nossa amada pátria nacional
do carnaval, e da alegria normal, afora a dolorida tristeza.
dessa desnatural realeza a governar favela e pobreza.
tristeza, beleza, safadeza, franqueza, apesar da alegria
no largo sorriso infantil do belo filho do político imbecil.
platão, livre e sem patrão; donde gerou toda a tradição,
com sócrates, contundentes a questionarem a verdade.
jeová, god, javé, brahman, shiva e infinitas deidades.
até pantocrator faz parte do trato
afinal quem dá as ordens de fato
apenas ame o resto que resplandece, se me parece,
tertúlia flácida para adormecer vacum.
haja vista as
guerras infanticidas a manchar as nossas vidas idas.
neste caldeirão sobrou um caldo chamado: AMOR!
o CAPS LOCK ainda funciona,
apenas não o uso por abuso.
somos demasiadamente
humanos, “nietzsche”.
jbcampos
ame se for capaz!