Sou o que costumávamos ser,
Talvez, o que dizíamos ser,
Ora, apaixonados, ora dilacerados.
Só faça cessar, porque tu sabes que cansamos.
Sou o que nós sentíamos,
A consequência de ambos.
Dois corações, um amor,
Tantos amores paralelos.
Sou o que sonhávamos ser,
Domingos e uma cama bagunçada.
Sonhos tão realizáveis,
Esperanças jogadas à traça.
Cartas lidas, relidas e amassadas.
Eu as queimaria,
Contudo, nada me alimenta tão bem
Quanto tamanha nostalgia.