A rua de paralelepípedo
acarinhada,
Essa antiga rua percorrida,
Pelos teus passos
apaixonada,
É noite, mas em ti é dia;
Respiras o verso,
e exala toda a poesia.
Vês nas casas antigas,
mil alegrias,
Escutas as conversas,
que não foram ouvidas,
Porque és pessoa mediúnica,
Trazes contigo essa sina,
Quem te conhece,
Não questiona, e nem duvida.
A busca eterna por um amor,
que alucina,
E por algo que te comova,
e te impulsione;
Além das brumas que te escondem,
Os vestígios foram deixados ali,
Ao pé da montanha como oferenda.
Não te surpreenda,
e não te repreendas:
A fé no amor toma forma,
vai à tona certeira,
A forma que não a forma dela:
a forma de todo o amor
Não desista da vida,
aos poucos ela vai dando a pista.