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Demétrio Sena Magé RJ.

NO TRABALHO, NA FAMÍLIA E NO MUNDO
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Garanta para si mesmo, a começar pelo próximo, aquele ambiente de trabalho capaz de proporcionar equilíbrio e tranquilidade.
Facilite o que pode para quem traz resultados materiais, mas também facilite para quem não traz quer somente um favor; uma gentileza.
Simplifique os acessos e serviços, as informações, e não desconte frustrações nem revoltas nas horas erradas; nas pessoas erradas.
Tenha boa vontade com quem não tem culpa.
Sem essa do estritamente profissional.
Cabe sempre um toque de humanidade, mesmo que por uma razão somente sua não haja como expor os dentes.
Um olhar suave, uma voz serena e um semblante ameno, ao mesmo tempo dispostos, substituem bem o sorriso.
Fazem bem ao outro, que poderá ser um multiplicador desse bem, numa roda viva que o envolverá tarde ou cedo, de alguma forma o envolverá.
Aos seus olhos não existam feio e bonito; rico e pobre; santo e profano; cara disso e daquilo.
Se alguém há de comprar ou não, pagar ou receber, fazer orçamento, reclamar ou trocar, não importa.
Trate o como a pessoa importante que de fato é.
Quanto aos colegas, nunca os prejudique para supostamente se dar bem.
Não seja capaz de tudo pela promoção.
As pessoas mais importantes numa empresa são aquelas que fora dela vivem realidades iguais à sua, com as devidas variações em cada camada social.
Patrões não gostam de funcionários bajuladores, antiéticos e servis.
Eles usam esses funcionários quando lhes convém, quando precisam deles como delatores, porém os desprezam.
Às vezes dão alguma promoção ilusória, mas nem de longe cogitam elevá los muito, pois não querem ao seu lado pessoas dissimuladas; que farão com eles o que fazem com os atuais colegas de trabalho.
O verbo mágico é facilitar.
Contribuir para uma sociedade melhor.
Facilite sem cometer desvios éticos, de caráter, a fluência do que pode ser fluente.
O acesso e o trânsito a quem precisa e tem direito.
O andamento das atribuições de todos na empresa; na família; no clube; nas filas; na igreja Faça o mundo girar com mais leveza.
Torne a vida mais agradável.
Gente não é gente, se não for gentil.

AO PROFESSOR QUE NASCEU PARA SER PROFESSOR
Agradeço todos os dias ao destino, pela graça de ser educador.
Arte educador.
Inserir me nesse contexto como profissão me fez mais do que um profissional: alguém que se reconhece como quem nasceu para isso.
Tenho, evidentemente, minhas angústias relacionadas a proventos, condições ideais de trabalho e as grandes dificuldades externas que acompanham nossos alunos até os espaços formais de aulas, oficinas e projetos educativos, tanto no conceito pedagógico, especificamente, quanto nos conceitos da arte e da cidadania.
Sou um professor que não dá nota.
Que pode mudar, todos os dias, as estratégias para vender suas ideias e seduzir os alunos.
Atraí los para contextos mais prazerosos do que a obrigação de alcançar notas e pontos para passar de ano.
Às vezes, adulá los.
Talvez por isso, eu não tenha nem condições de alcançar a grandeza dos esforços diários dos professores em disciplinas obrigatórias, que têm a dura missão de preparar pessoas para o mercado de trabalho.
Para disputas mercadológicas e a sobrevivência em uma sociedade competitiva e cruel, devido à falta de espaço confortável para conquistas.
Não tenho a mínima condição de avaliar precisamente a realidade total das salas de aula, mas sempre que vejo um professor de pelo menos alguns anos de profissão, admiro o profundamente por ter atravessado esses anos, diante do que vejo.
São muitos e muitos os professores que portam condições plenas de abraçar profissões muito mais rentáveis, e o fariam competentemente, mas não fogem do que escolheram, porque seriam somente profissionais.
E como nasceram para ser professores, não seriam felizes se não fossem profissionais e seres humanos, como tem que ser, mais do que ninguém, quem nasceu para ser professor.
Reitero, portanto, meu profundo respeito e minha admiração aos que trabalham com amor e sofrimento; com revolta e dedicação; com sorrisos muitas vezes salobros, porque se misturam ao pranto, mas logo se sobressaem, porque o amor ao que fazem tem sempre reserva de otimismo.
Ao mesmo tempo, meu desprezo profundo e a não admiração aos patrões da educação tanto particular quanto pública e aos cidadãos de má vontade responsáveis pelo sofrimento, a revolta e as lágrimas do professor que nasceu para ser professor.