O Diálogo das Flores
Amanhece, o clarão da luz do dia entra pela
fresta da janela.
Lá fora as flores do jardim,
começam a se abrir para o dia que se inicia
Tímidas e silenciosas, cochicham entre si sobre
como a lua estava bela na noite que passou
e como o orvalho as acariciou durante o sono
Estavam felizes, mas se perguntavam; porque
está tão triste a moça por trás daquela janela
sabia se que ela tinha perdido um amor
Mas diziam: Como ela perdeu o que nunca teve
A Rosa olha o Cravo ao seu lado e pensa; mesmo
que eu não o tenho, ele sempre estará por aqui
O Jasmim, como se lesse o que ela pensou, lhe
diz: Não se iluda Rosa, alguém pode arrancá lo,
e ela respondeu: A moça triste não deixaria,
afinal somos suas flores favoritas
Ela até nos presenteou com um poema:
“A Rosa e o Cravo”.
O Girassol ao longe gritou:
Rosa atrevida, ela nos ama igualmente
temos que nos unirmos para alegrar o seu dia
O Cravo, até então calado em seu canto, decidiu
intervir.
Quando ela vir até nós, exalaremos
perfumes ao seu redor.
A Dama da Noite, por motivos óbvios preferiu
não se envolver
E o Cravo continuou: Que venham os pássaros
cantando uma canção, borboletas decorando
o clarão da natureza, com delicados tons, como
fadas brilhantes pintadas em telas
A moça triste, se aproxima, ao ver o jardim
tão lindo, um leve sorriso se abre em seu rosto
Ela senta na relva úmida pelo orvalho da manhã
Fica absorta em seus pensamentos admirando
tudo em silêncio
Naquela paz interior pensa: Amanhã é outro dia
vou deixar essa tristeza no ontem e viver o hoje
e quem sabe serei feliz no amanhã.