Sóbria, sou prosa,
Embriagada sou poesia
A poesia e que alimenta meus dias de prosa, com ela brinco de faz de conta
Finjo saber o que não sei
E também desconhecer o que já sei.
Na poesia renovo minha fé
Em tudo que não mais acredito
Mas que um dia acreditei ter existido
Se eu pensei ter existido, foi porque intensamente as vivi,
Por isso, às vezes me pergunto:
Essas coisas de amor existem
E se existiram para mim, pode alguém agora as estar vivendo
A alegria e felicidade de um amor supremo.
Por isso fico feliz, e rezo para que não acorde tão rápido,
Deste sono que ainda dormes deste sonho de ser feliz
Mas sinto também tristeza
Por ter consciência da cegueira
Que é a realidade de ter os olhos vendados.