Romance Arthur Rimbaud (Versão do Livro "Angel", de Iago Silva")
Não somos sérios aos dezessete anos.
Uma bela noite, cansado de cerveja e limonada,
Cafés barulhentos com suas lâmpadas brilhantes!
Andamos sob as tílias verdes da praça
As tílias cheiram bem nas boas noites de Junho!
Às vezes, o ar é tão fragrante que nós fechamos os olhos.
O vento carregado de sons – a cidade não é longe –
Tem o cheiro de vinhas e cerveja
Ali, você só é um pequeno trapo
Azul escuro, emoldurado por um galho,
Alfinetado por uma estrela malvada, que derrete
Em estremecimentos doces, pequena e muito branca
Noite de Junho! Dezessete anos! – Nós somos dominados por tudo isso.
A seiva é champanhe que sobe à cabeça
Nós falamos bastante e sentimos um beijo nos lábios
Tremendo ali, como um pequeno inseto
Nosso coração selvagem vai Robinsonando pelos romances,
Quando, na luz de uma lâmpada pálida da rua,
Uma menina passa, atraente e charmosa,
Sob a sombra da gola terrível de seu pai
E à medida que ela te acha incrivelmente ingênuo,
Ao bater suas pequenas botas,
Vira abruptamente e de modo vívido
Então, cavatinas morrem em seus lábios
Você está apaixonado.
Ocupado até o mês de Agosto.
Você está apaixonado.
– Seus sonetos a fazem rir.
Todos seus amigos somem, você é ridículo.
Então, uma noite a garota que você venera condescende a lhe escrever !
Aquela noite – você retorna aos cafés claros,
Você pede cerveja e limonada
Não somos sérios aos dezessete anos
E quando temos tílias verdes nas praças.