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Edson Rufo

SUBLIME
Amei muitas pessoas, entre elas as erradas
Escrevi versos a pessoas muitas não interessadas
Descobri que no percurso da vida que criamos a própria armadilha
Que nos cativa, mas nos atira ao buraco.
Senti medo e vi covardia entre tantas cosias que jamais concordaria,
vi ganância e apreciei desprezos.
Entre tudo o desespero.
Nada disso valeu a pena por engano, acreditamos.
Insano.
Amei muitas pessoas que entre elas a incerteza.
Vi o egoísmo me culpando e quando quase cai, entendi, não tenho essa culpa.
Por que o egoísmo estava ao meu lado e não dentro de mim.
Entre tantos versos que escrevi não consegui escrever sobre perversidade
Não entendi a maldade e muito menos o prazer disso tudo.
Sei que a vida é sublime
E por que dispensar amor a quem não tem sensibilidade e só maldade.
Alguém que não conhece a vida e somente o oportunismo
Sublime são aqueles que não dizem que farão o bem para outros,
para disfarçar suas deficiências, mas sim aqueles que sempre
fizeram por autenticidade.
Escrevi versos de amor para alguém que não conhece a palavra
Olhei para frente enquanto me olhavam pelas costas
Amei amores amados
Sublime sentimento transformado, soberba
Entendi que a luz que se leva é a mentira de quem se trai
Vi que não existe jardim de bondade e sim cultivo de oportunidade
Não reconheci a fé mais vi esconderijo de ruindade e crueldade.
Assim melhor, pois todos me entendem como coitado.
Sublime, isso mesmo sublime.
Seja sempre Sublime.
Não viva do passado se não você nunca sairá do buraco.
Os quais tentaram te colocar.

Anjo da Vida
Amanhecemos.
Dia, clara esperança nova, isso se chama vida.
A turbulência passada deixa rastros e desgosto.
Aprendemos que um sonho também alguém destrói.
Dói.
Mas amanhecemos sem rumo sem sonho.
Avaliamos que tudo que queríamos a vida toda se foi.
Sim, foi uma grande mentira.
Um farça articulada uma simetria.
O laço quebrado historia interrompido.
Somos vida somos anjo somos luz
Amanhecemos de todas as maneiras
E queremos de todas as formas.
Anjos que voam perdidos no céu
Anjos que pairam plumando no ar
Anjos fingidos de risos.
Anjos da vida, mentidos
Amanhecemos certo de que nada é verdadeiro
A palavra o abraço o riso o amor.
Sabemos que tudo é uma grande arte.
A arte de enganar de articular
A arte de disfarçar, a arte de encenar.
A arte de dissimular, a arte de combinar.
A arte de desfazer, a arte de nunca crescer.
Amanhecemos frios e sem sorriso
Ávidos de gloria e sem sinal
Apanhamos a fé como historia
Mas mentimos a arte de acreditar.
Somos anjo vestidos de realidade e de maldade
Somos anjos do bem e anjos do mal.
Mentimos e maltratamos
Minha alma é solida e concreta.
Nada deixar acontecer por acontecer
Muito menos entender que a maldade existia sempre.
Olhos que fechei para não absorver
Amanheceu e eu não acreditei
Que não era você quem me conheceu.
Olhos que eu não abri, mas sempre senti
A presença de alguém.
Amanheceu, um anjo da vida
Que por ironia trocou a historia por fantasia.
Amanheceu a realidade e o disfarce caiu
Amanheceram, anjos sem asas
Anjos que não são da vida
Anjo que nunca existiu
Edson Rufo