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Kevin Martins

Oh, meu amigo! Se eu pudesse lhe contar sobre essa mulher, talvez nem lhe contaria.
Ela dá inveja em qualquer ser terreno.
Ela pisa em terra firme, em toda terra.
Que alegria eu sinto, quando vos olho no fundo dos olhos!
Que bela é a vida no fundo dos seus olhos.
E eu, simples homem afetado pelo amor, amo cada parte dela.
E toda parte que ela construiu aqui.
Oh, meu Deus! Se eu pudesse explicar toda a pureza, a nobreza, a verdade hercúlea do que sinto, talvez eu não te explicasse.
Você tiraria, e invejaria, a felicidade desse homem que vos escreve.
Que petulância a minha, querê la só para mim.
Mas quero.
Quero com todas as forças de um homem desditado e cândido.
Oh, mulher terrena! Se tu soubesse o que ela é, dedicaria a vida a persegui la.
Perderia a vida imitando a formosura do ser diante de teus olhos.
E nunca chegaria ao metatarso dessa mulher, sem ter usado todas as forças que aí residem.
Não tendo mais vida para escalar esse espinhaço.
Oh, poesia que sai de mim! Se eu pudesse colocá la nessas linhas, elas não seriam suficientes para uma vida.
Nem todas as línguas mortas, muito menos, as vivas, seriam dignas de tanta venustidade.
Oh, homem que escreve essa sentença! És digno de tanta jubilação És merecedor de um amor ímpar como tal És poesia o bastante para tanta poesia És homem o suficiente para tanta mulher
Oh, amor que sinto! Te sou entregue de talhe e alma! Sou tu em forma genuína e humilde como só agora aprendi.
Te amo, amor que sinto! Te sinto, amor que amo!
Oh, mulher que amo! Queria eu, que essas linhas te fossem páreo, agora, só para eu vê las perderem de ti.
E tu, tomada pelo sorriso inigulável, aconchegasse teu traço em meu peito, olhasse para cima, em direção aos meus olhos, e dissesse: Te amo fortemente, meu amado!
E sem demora, a vida se apossaria das minhas veias, explodiria em alegria o peito que se faz teu.
Sonharia como já sonhara, buscando força do fundo do âmago, para dizê la: Eis me aqui! Teu homem, o que assiste teus versos escritos pelas pernas fortes, e lê os rascunhos de teus braços longilíneos, amando cada centímetro de ti, amor vivo!
Te amo, com a maior força que trago nos olhos.
Te amo, com a maior humildade que o amor possa oferecer.
Te amo, como todos os dias dos minutos que se faz longe.
Te amo, com a verdade que o mundo escondeu.
Simplesmente, te amo.

Mais um dia amanhecendo.
A insônia apareceu aqui.
As ideias e a vontade de viver tudo de uma só vez, também.
Ao mesmo tempo de tudo, não sei se quero os amores.
Não sei qual querer e o que decidir.
As consequências de um desabafo, não me incomodam em nada.
Exatamente nada.
Repassei minha história de vida, na conversa com um amigo.
Percebi que era tão simples quando amar era somente sorrisos.
Verdadeiros sorrisos.
Hoje, amar, é discussões, sofrimento, algema, cadeia E que é difícil se manter sóbrio perante a vida.
Perante ao amor.
Sempre nos falaram que amar é o único sentido da vida.
Ou que tudo vale a pena Ou que temos uns aos outros Não temos nem a nós mesmos, amigo.
Essas briguinhas, das paixões, desgastam toda a corda que poderia sustentar o amor, que vem pesado e cheio de malas.
Um inútil, me sinto assim.
Sem capital.
Esquecendo, muitas vezes, de comer.
Rodeado pelo álcool e pelos cigarros esses que são meus companheiros, já me olham com cara de pena.
Realmente, digno de pena.
Uma mente cheia de papeis amassados.
As lixeiras daqui, já transbordaram.
Ninguém passa para recolher o lixo.
A rua é deserta, e os vizinhos (que não sei se existem) nunca atenderam aos meus pedidos de socorro.
Um homem sem esperanças, não é digno de seu título.
Desculpa, pai e mãe, mas a dor é grande demais aqui.
A angústia de pensar, machuca o peito.
Nos olhos, as lágrimas que nunca caem me dificultam ver a vida.
Me pego num momento em que não sei o que sinto pela vida.
Mas sim o que sinto pela morte.