Era uma erasem eira nem beira.Beirava um buraco negrono vácuo da criação.
Ao PoetaPoeta, eu te suponho santo,pois se hoje há verso, já houve pranto.Do pranto que dá medida à alegriapariu se o verso da tua poesia.Santo, eu te suponho poeta,pois sua dor não é mais secreta.Mesmo os versos de contemplaçãoforam embriões na dor e na paixão.
[ ]Felicidade.Para almas pueris, estado invisível e, portanto, inexistente.Para almas rasas, estado abismal e, portanto, inacessível.Mas existem almas (in)felizes,porém (in)felizes,por serem masoquistas.[ ]
Depressão não me cata,mas repressão me mata.
Você nunca vai sabercomo seria ser,se nunca foi.Então seja o que querou viva o que é.
META: METAMORFOSEIsso ainda me mata A vida! Hei de morrer disso.Quero que a vida me mate,para permanecer viva.Que me desmantele,que me dilacere eque me desintegre.Depois me reconstrua,pois a vida continua.Serei o fruto da boa morte,em vida,até que isso me mate outra vez,e até que me mate de uma vez.
a vida é como um Michelangeloque se observa de um nanocantoda teia de aranha do cantodaquele ponto do vaticano