Felipe Zoaldeyck

Amores
A vida deu me amores
Amores que deram me flores
Amores que deram me espinhos
Amores que ficaram pelos caminhos
A vida deu me amores
Amores de que amei
Amores que conquistei
Amores que só sonhei
A vida deu me amores
Amores proibidos
Amores liberados
Amores que amei sem ser amado

Olhar pra mim
O céu, tão escuro
Deserto sem luar
Sem estrelas à criptar
No terraço,
Também observo a imensidão de tijolos e ferros em forma arquitetônica
E vejo a distância que à selva de pedra nos separa
Os quilômetros até seu ouvido
Contudo
Pego me esboçando um leve sorriso
Recordando os traços tão únicos de sua face
O dilatar se e contrair se de sua pele
Quando presenteia me com sua gargalhada envolvente e marcante
Esses olhos
Que tanto brilham ao me refletir
E aprisiona me neles
Não deixando quaisquer espaço para vislumbrar o vão mundano

Meu momento a você
Aquele grande pequeno momento
Aqueles três segundos
Pareceram três belos dias
Dias de primavera
Dias de primavera num jardim afrodisíaco
Pude acessar minhas memórias
Momentos sublimes
Agora
Nesse trajeto
Observo vagamente o local e suas pessoas
Atento me apenas ao caminho vermelho e a luz delineando o
Os centímetros acima cada vez menores
O espaço diminuindo a cada passo
Passos ritmados junto a uma melodia de fundo
Os músculos de meu rosto movimentam se "involuntariamente, estampando um largo sorriso
Quase não há espaço
Já gozamos do simbolismo matrimonial
No fim total do espaço
Da pequena lacuna
Agora, inexistente
Tornamo nos um
Apenas um