Olhaste para trás e percebeste que eu
fui a primavera em tua vida,
Lembraste que nunca deixei te,
mas sempre fui a favorita;
Olhaste para frente sem me ver,
as tuas mãos nada podem,
e sequer um pouco tocar me.
Relembraste que és verão,
e sentiu vontade de resgatar me:
a primavera que não passa
Reclamaste no peito o amor
que nunca mais recebeste,
Relembraste que sou flor
digna de poesia, canção e louvor;
e ainda sente falta de embalar me.
Estende os braços nas Alturas,
sem a minha presença
Mil inquietações viram loucuras,
sem a minha foz
A tua boca reclama as securas,
os teus lábios criam rachaduras,
Permaneço forte dentro de ti,
os meus ledos são teus segredos,
Sou o tempo rugindo no peito,
o amor vadio e imperfeito,
A primavera com todas as cores
trazendo novos tons ao outono,
O triunfo de um amor inteiro.