ÉTICA E MORAL
Tão concomitantemente, podemos observar a evolução humana crescendo de forma alarmante no mundo atual.
E com isso, é possível também constatar meios errôneos e condutas totalmente divergentes que podem acarretar em conflitos individuais e/ou grupos de uma sociedade, nação e principalmente universal.
Sendo assim, precisamos a cada dia encontrar soluções significativas para nos adaptarmos a tamanha mudança de nossa contemporaneidade e no pós modernismo.
Destarte, o ser humano precisa encontra o ser do “EU”, ou seja, a potência do existir como destacou "Michel Onfray, em seu manifesto hedonista.
Além de desenvolver métodos eficazes de atribuir melhorias ética a priori e colocar em prática com a moral a posteriori.
Quando se fala de ética, estamos tratando de um prisma de paixões, emoções e sensações que podem persistir na mente do indivíduo como dilemas existenciais e mediante a isto; observamos o duelo entre esperança e temor.
O que quero dizer com isso, é: Continuamente temos a esperança de auferir bons resultados a até mesmo, minimizar os custos e esforços com isso.
De um lado, a esperança passa a ser um ganho de potência imensurável a partir de uma situação imaginada que é vantajosa, prazerosa, etc.
De outro, temos o temor, que é justamente o inverso, ou seja, o indivíduo se apequena ainda mais diante de uma situação imaginada, diante de uma consequência nefasta que possa lhe acontecer.
Por fim, muitas atitudes indignas e desonrosas que observamos acabam sendo vitória da esperança sobre o temor.
Seguindo estes pressupostos, dou lhe um exemplo que me emociono sempre ao assistir.
Um fato que ocorreu no final de 2012, em Navarra, Espanha, e que chegou a tomar proporções extremamente significativas em sua divulgação.
Em uma corrida de cross country, o queniano Abel Mutai, medalha de outro nos três mil metros com obstáculos em Londres, estava a pouca distância da linha de chegada e, confuso com a sinalização, parou para posar para fotos pensando que já havia cumprido a prova.
Logo atrás vinha o outro corredor, o espanhol Iván Fernández Anaya.
E o que ele fez Começou a gritar para o queniano ficar atento, mas este não entendia que não havia ainda cruzado a linha de chegada.
O espanhol, então, o empurrou em direção à vitória.
Diante de tudo isso, a imprensa toda correu até o corredor espanhol, e um jornalista, perguntou: “Por que o senhor fez isso ”.
O espanhol replicou: “Isso o que ”.
Ele não havia entendido a pergunta.
O jornalista insistiu: “Mas Por que o senhor fez isso Por que o senhor deixou o queniano ganhar ”.
“Eu não o deixei ganhar.
Ele ia ganhar”.
Sendo sucinto, o jornalista disse que ele poderia ainda ter sido o vencedor, mas o espanhol ainda disse: “Mas qual seria o mérito da minha vitória, qual seria a honra do meu título se eu deixasse que ele perdesse ”.
E ainda finalizou: “Se eu ganhasse desse jeito, o que ia falar para minha mãe ”.
Portanto, podemos nos sensibilizar com atos nobres e deveres que deveríamos ter sem nos aproveitar de situações que mesmo nos favorecendo, precisamos ter em mente, que isso pode afetar o outro.
E devemos nos ajudar para podermos construir uma sociedade digna de respeito, admiração, amizade e parceria sem tirar vantagem no que não nos pertence.
Diante deste exemplo e complementações, me recordo de uma grande mensagem dita pelo Professor e Filósofo “Mario Sérgio Cortella” em resumo do verdadeiro significado de ética.
Para Cortella:
Ética é o conjunto de valores e princípios que usamos para responder a três grandes questões da vida: (1) quero;(2) devo; (3) posso.
Nem tudo que eu quero eu posso; nem tudo que eu posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero.
Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode e o que você deve.
Assim, a moral seria a práxis a posteriori da ética.
Temos a ética a priori dos valores e costumes que são criados por uma família, sociedade e nação que entendem por correto e bom.
Não obstante, a moral se baseia por tais princípios descritos na premissa e são totalmente embasados pelas Leis Constitucionais do Estado e dos Países que são unânimes em algumas regras estabelecidas no convívio e interesses universais.