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Kevin Martins

Eu segurei tua mão
como um amante
um amigo, constante
um irmão
Eu me lembro
em novembro
descobrimos as falhas
e comemos as migalhas
de nossos pães endurecidos
Você goza junto com ele
como fazia comigo
Os seus gemidos são tão fortes
como por mim eram sentidos
Você sente saudade do meu cheiro
Você sente saudade dos meus beijos
De todas as bobagens que a gente dizia
Você sente saudade do meu medo
E de todas as formas que a gente se entendia
Ele tem coragem para te apoiar
Ele tem saudade quando você não esta
Ele acha bonito quando você se entedia
Ele repara nas tuas unhas
Nas tuas curvas
Ou na forma que se vestia
Ele olha a volta da tua perna
O teu charme
O teu olhar de jura eterna
Você sente estar com a pessoa certa
Sua perna treme
como meu corpo, quando surge teu nome na conversa
Você é livre
Você sonha com filhos
Você vive
Ainda se equilibra nos trilhos
Tem espasmos quando dorme
Ele fica acordado te admirando
Ainda fica com aquele sorriso, quando chove
Você se sente livre, amando
Ele tem a alma tão negra, quanto a minha
para ver a luz que carrega sozinha
Coloquei o cotovelo no lugar certo
descansei tua cabeça
e deixei que teu corpo coberto, me anoiteça
Deixei a cortina entreaberta
pra que a luz da rua
enxergasse nossa floresta
Nós nos escondemos em nossa floresta
esquecemos dos outros
recolhemos os poucos
que iluminavam nossa floresta
mas e agora
Quem segura minha mão
se você é feliz, mais que outrora
continue aí, então
Mas se era mais viva, comigo
viva comigo
eu só sei segurar a tua mão.

Mais um dia amanhecendo.
A insônia apareceu aqui.
As ideias e a vontade de viver tudo de uma só vez, também.
Ao mesmo tempo de tudo, não sei se quero os amores.
Não sei qual querer e o que decidir.
As consequências de um desabafo, não me incomodam em nada.
Exatamente nada.
Repassei minha história de vida, na conversa com um amigo.
Percebi que era tão simples quando amar era somente sorrisos.
Verdadeiros sorrisos.
Hoje, amar, é discussões, sofrimento, algema, cadeia E que é difícil se manter sóbrio perante a vida.
Perante ao amor.
Sempre nos falaram que amar é o único sentido da vida.
Ou que tudo vale a pena Ou que temos uns aos outros Não temos nem a nós mesmos, amigo.
Essas briguinhas, das paixões, desgastam toda a corda que poderia sustentar o amor, que vem pesado e cheio de malas.
Um inútil, me sinto assim.
Sem capital.
Esquecendo, muitas vezes, de comer.
Rodeado pelo álcool e pelos cigarros esses que são meus companheiros, já me olham com cara de pena.
Realmente, digno de pena.
Uma mente cheia de papeis amassados.
As lixeiras daqui, já transbordaram.
Ninguém passa para recolher o lixo.
A rua é deserta, e os vizinhos (que não sei se existem) nunca atenderam aos meus pedidos de socorro.
Um homem sem esperanças, não é digno de seu título.
Desculpa, pai e mãe, mas a dor é grande demais aqui.
A angústia de pensar, machuca o peito.
Nos olhos, as lágrimas que nunca caem me dificultam ver a vida.
Me pego num momento em que não sei o que sinto pela vida.
Mas sim o que sinto pela morte.