Procurando doidamente
por você,
Olho para o céu,
e lá você não está;
Porque você em mim habita
E para sempre reinará
Busco explicações
no voo duplo dado,
Apreciando a cumplicidade
das gaivotas,
É tua essa alma
e esse coração apaixonado,
O amor para muitos é
praticamente inútil,
E para outros é um
planeta que não foi habitado.
Quem dera, quem dera
Que o homem fosse
como a gaivota,
Não haveria nessa vida
nenhuma quimera,
O mar revolto se tornaria marola
Vendo o Sol se pondo
entre as areias,
Como uma hóstia no sacrário,
Tenho o teu amor
como um relicário,
Crendo nas larguezas,
grandezas e firmezas.
Crendo, crendo, crendo
Que o amor vai além do vento ,
E que ele supera todo o tormento,
Capaz de dissipar
a névoa do sofrimento;
Existindo como o mais
santo e sacro sentimento.