Palavras não são como folhas ao vento,
Dizem até que o vento as leva,
Mui diferentemente das folhas,
Elas as palavras sempre chegam ao
destino, não duvide disso.
Lá do alto do Monastério,
Com os braços em direção ao céu
De tom opala e repleto de mistério,
Em busca de retirar todo o véu,
Ele que abriga o mel que te aflige,
Assim bem doce tu redige.
Palavras não voam com o vento,
Elas só trafegam,
Mui diferentemente do que pensam,
Elas ocupam o teu coração,
E tomam conta do teu pensamento.
Vejo no firmamento
do teu corpo,
Tatuadas as setes artes
liberais,
Inscritas deliciosamente,
Capazes de me endoidecer,
E de me invadirem ardentemente,
Rendendo me severamente.
A tua retórica hipnotiza
a minha dialética,
A tua música a minha gramática
não traduz,
O teu beijo é expressão
e o teu corpo seduz.
A tua aritmética domina
a minha geometria,
Somos uma constelação
e uma só astrologia