Amor, escuta o barulhinho:
é o vento anunciando
Que estou voltando ,
Para ter o teu carinho,
Estou novamente no caminho,
Que eu estava quase deixando,
Pensei que havia esquecido,
Dos nossos planos constituídos,
Dos sonhos e dos corais,
Do nosso profundo oceano,
E dos beijos mais fatais
Trago este rimário,
Meu relicário,
Abrigado no tempo,
de volta
Ao berço do amor,
O nosso templo
Com cheiro de flor
por nós protegido
Feito um sacrário.
Amor, escuta o barulhinho:
sou eu que acabei de chegar!
Eu nunca deveria ter ido,
Por isso resolvi voltar ,
Para nunca mais ir embora,
Para amá lo com gala e glória,
Eternizar a nossa história,
Em linhas intimistas,
De épica em épica,
A batalha poética,
Que a minha ousadia penou,
Só para docemente te conquistar.