Uma saia preta média e uma blusa branca, cabelo escuro e um batom vermelho.
Eu estava indo à Universidade, dirigindo eu aumentava o volume do rádio do carro sem prestar atenção no trânsito sentindo uma dor insuportável pressionando minha cabeça e me jogando para um lado do carro.
Acordei e notei que a porta do lado do motorista estava à cima.
Não pude mover minhas pernas, depois de um imenso esforço saí do carro pela janela que se localizava naquele momento acima de mim.
A parte frontal da minha cabeça sangrava junto com minhas mãos.
Ao sair do carro me arrastava até o canteiro da via, com o cabelo jogado para o outro lado, pude ver carros imóveis e pessoas me observando como se fosse algo catastrófico.
Ao ver um carro parar, e esse eu conhecia.
Ele correu até mim.
Sentou se no chão e me abraçou, cantando uma música de ninar, querendo me acalmar do acidente.
Pude sentir meus olhos se fecharem aos poucos sem força alguma de abri los o que me fez perceber que além de eu não vê lo mais, minha vida não se estenderia mais.
Ouvi as batidas do seu coração, meu rosto pressionado ao seu peito quente.
Seu perfume, o qual eu estava com saudade e de forma alguma esqueceria.
Passou uns instantes e a sensação era de estar deitada sentindo sua mão na minha.
Ao despertar, observei meus pais.
Eu estava em um hospital, notei que as paredes eram brancas e havia máquinas em torno.
Eles conversavam comigo e eu não dizia uma só palavra e depois ele veio, não disse nada, apenas segurou minha mão por instantes e saiu da sala.
Dias depois, eu estava melhor, sentada na sala de minha casa com meus pais e minha prima, a mais velha da família, um carro havia parado na frente de minha casa, e a única coisa que ouvi da pessoa que sempre amei foi uma proposta.
A qual mudaria nossas vidas.