O meu eu oscila em diferentes tempos .As vezes sou um bebê,que não sabe de nada,não entende nada,precisa apenas do alimento que vem de sua mãe para não chorar.
Por outras sou uma criança,já entendo alguma coisa,não tudo,mais o melhor faz parte de mim,a brincadeira não me falta,o meu sorriso é cordial e a minha alegria irrefutável.
E como tantos e tontas,tem dias que sou apenas aquela adolescente susceptível, onde o mínimo me incomoda,um olhar já me despreza e lá se vão as minhas duras palavras,ofendendo a qualquer um que ousar me desafiar.Depois me tranco no quarto,me olho no espelho e só me arrependo,começo a chorar.
Também tenho o jovem,que acha que sabe tudo,acha que pode fazer tudo,comandar e mandar no mundo sem pensar nas conseqüências.O meu umbigo é o centro do universo e tudo faço agora,nada espero.
Meu eu tem porém o adulto,aquele que observa um mundo mais maduro,que sabe,mais não sabe tudo,que quer,mais que também não quer tudo,quer apenas o basto para continuar o seu viver.
E o melhor,o que mais me surpreende quando o identifico em mim,o velho,não aquela idéia de velho e bengala,mais a idéia do velho que fala,que aconselha e mostra ao mundo o que sabe.O meu eu velho reuni todas as minhas outrora e isto é que me faz ser diferente a cada instante de meu viver.