UM FIO APENAS
Há um fino fio a segurar o amor de minha vida
Tão tênue quanto o amanhã _ Anseia e apavora
Nada ampara.
Nada jura.
É emaranhar de dúvida
E meu Deus, este "talvez" consome e devora!
E apesar desta perplexidade, vive,fiel a si mesmo
Alheio à indiferença constante, má e impiedosa
Num acalento de doçuras, ao vento e a esmo
Sentimento que sangra ao espinho.Cuida a rosa.
É insubmisso.
Acalenta, só, toda a larga devoção
Enquanto voam gaivotas sobre um mar de sonhos
Tortura a alma.
Desejos da voz, do toque_ Canção!
E os dias, voam loucos de encontro à cousa alguma
Tempestades de saudades arrastam todos os risos
Um fio de seda à sustentar,só, um mundo de ternura.
Elisa Salles
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