Existimos,sentimos,permitimos
A vida nos quebra
Em diferentes formas e brechas
As dores são solo fértil
Arrancadas deixam vertentes enraizadas
Marcas cravadas
Insegurança,medos bobos
Trazendo a sorte todo agouro
A força não se procria
Ela se equilibra
Há dias que parecem noites
E noites que não se acabam
Há toda eternidade
Em cada segundo
O tempo nem a favor nem contra
Passa timido
Sem percebemos
Que como uma ampulheta
Esta se esvaindo
Quantas pessoas vem e vão
Quantas procuram amor
Mesmo depois de toda dor
Quantas frias e vazias
Por mera proteção
Confiança palavras como fiança
Aprisionam e condicionam
Em quem confiar
Se a todos que deu a mão
Tinham palavras doces na boca
Mais o punhal no olhar
Se dançando com a solidão
Não há risco de errar
Em corda bamba sobre o infinito
Vivendo o eterno risco
De um dia por acaso tudo acabar.