Deixem os corposDeixem que as mães enterrem seus mortosLimpem o sangue no asfaltoO mesmo que jorrou no partoO pequeno que acalentou nos braçosFrio e estáticoO choro que outrora impediuSe misturou ao sereno frioJuro que o de farda sorriuUm corpo sem espíritoAli ja não estava seu meninoSeu olhar agora vazioRefletia os olhares assustadosO choro veladoDe tantas outras que deixaram de ser mães pelas mão do estadoInocente ou culpadoA balança desequilibradaSó pesa para um ladoLado periféricoIsolado e oprimidoEm que ecoa a voz dos estrategicamente esquecidos.
Dois corações apenas uma peça de encaixeNo quebra cabeça da vidaA mulher forte que se perde da meninaOlhar de ciganaQue ginga na vidaJá conheceu o sorriso da chegadaChorou com as partidas repentinasTraz a fé nas mãosE a resiliência no coraçãoAnsiosa em viverAbsorve em cada suspiroA liberdade de se recriarVoa altoNão deixe o medo cegarVocê é capaz e vai chegar láEsse é seu tempoSeja a protagonista do seu momento.
O espelho da almaTranscende toda calmaO reflexo desconexoO agora reversoSabedoria lapidadaA eterna inércia entre o tudo e o nadaAs memorias sempre assolamComo o vento insistenteLevam a genteA encontro de siConstruído entre egosFortalezas e castelosCorrompendo a vidaSeremos despedidaPoesia lida e relidaEm corações esquecidosSentimentos perdidosCaminhos e abrigosLeais e inimigosA melhor versão é a que viráDepois de tombos e medosQuando você se reencontrarQuando souber pelo que lutarDe algum modo o novo surgirá.
Como dizia o poeta, a felicidade é um caminho escasso e solitário, se não fizermos por nos mesmo ninguém o fará.
Criar um poemaDeixar entre cada linha a dorFelicidade errantePaz entre tinta e papel.
Fênix se levanta erranteO infinito em seu olharO mundo em suas assasProssegue sobre a vidaEncara desprevenidaAlcança o vôo distanteSua jornada uma buscaDe sonhos e destino.
Perdem se as palavras, os sentimentos ainda reinamTodos os sentidos giram em busca da lucidez, mais no fundo ela sempre esteve em você.