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Kathlen Heloise Pfiffer

A justiça tarda, mas tarda demais.
O Brasil é um país onde corrupção tornou se sinônimo de política.
Escândalos políticos há tempos fazem parte do dia a dia nacional e, lamentavelmente, o brasileiro parece já ter se acostumado a isto.
Ouvir no noticiário que algum governante andou burlando leis, fraudando documentos, subornando funcionários, sonegando impostos, já não chama mais atenção.
Não choca mais o ouvido de qualquer pessoa.
Questionam se os brasileiros: em meio a tanta impunidade dos desonestos que pintam e bordam na sociedade de nosso país, até quando a massa aceitará em silêncio tanta desonestidade e falta de punição Até quando o povo aguentará sustentar uma corja de marajás que sequer tem noção das dificuldades pelos quais o país passa A resposta é simples: o povo aguentará enquanto não tiver formação e conhecimento suficiente para da maneira correta intervir e mudar o quadro político brasileiro.
Logo, esta “fiscalização” que o povo pode vir a fazer é praticamente impossível, e se for, está anos luz à frente da realidade nacional.
Com um setor de educação deficiente, a base educacional brasileira vem formando indivíduos que só sabem abaixar a cabeça e contribuir, na maior parte das vezes inconscientemente, com a corrupção crescente, sendo coniventes e esperando que alguma solução divina caia do céu.
Em suma, o Brasil continuará sendo palco de corrupção e escândalos políticos por muito tempo.
Enquanto cidadãos não possuírem base educacional suficiente para terem consciência da sociedade em que vivem e assim estarem condicionados para contestá la, restará ao povo brasileiro a esperança de dias melhores, e a crença no dito popular de que a justiça tarda, mas não falha.
kathlen.

Lembranças de uma viagem
Eu estava pensando sobre uma viagem que fiz para Porto Seguro, lembrando de tudo que havia acontecido em uma semana de pura alegria, diversão, e não pude deixar de lembrar sobre algo que fizemos na última noite daquela viagem.
Era uma espécie de brincadeira, em que você tinha que ir até a frente de todos, e pegar um pouco de carinho de um saquinho, e mandar pra quem quisesse.
Como o tempo era curto, muitos deixaram de ir até lá e mandar este carinho.
Bom, eu tive a oportunidade de ir, e mandei para duas pessoas muito especiais que fizeram a minha semana de férias valer a pena.
Duas grandes amigas.
Entretanto, talvez por toda a emoção da despedida, todo o sentimento de saudade que aos poucos ia crescendo, eu acabei mandando este carinho pela metade.
A princípio, acredito que todos nesta viagem estavam com o mesmo pensamento apreensivo, afinal, eram duas escolas diferentes, que pouco se conheciam.
Eu mesma cheguei a pensar que, nunca que ambas iriam realmente se unir.
Acontece que, isso não ocorreu.
As diferenças, ou até mesmo as coisas em comum, fizeram com que nos tornássemos um grupo unido, um grupo que brincava junto, ria junto, enfrentava o cansaço junto.
Alguns mais juntos que outros, outros nem tão juntos assim.
Mas sempre unidos.
E no fundo, foi isso que fez toda a magia da viagem acontecer.
Afinal, o que vai ficar pra sempre na memória, não é somente as festas, os lugares visitados e conhecidos.
O que vai ficar de verdade, é aquela risada de um tombo, é aquele abraço conjunto de felicidade, aquele beijo com carinho, um aperto de mão de fidelidade, um ataque de nervos por causa da roupa jogada no chão.
Vai ficar na memória a invasão dos quartos (das varandas), os devaneios, os planos feitos com afinco pelos grupos, as amizades feitas, renovadas, reforçadas.
Tudo isso é o que levaremos conosco para a posteridade, é o que contaremos para nossos filhos, e quem sabe um dia netos.
E se eu pudesse novamente mandar meu carinho, eu mandaria para todos que fizeram parte da minha semana.
Todos que me garantiram risos, abraços, devaneios, festas, todos que me fizeram sentir especial.
A todos os meus antigos amigos, que só fizeram reforçar meu sentimento por eles, que só fizeram com que eu percebesse o quão importantes em minha vida são, por todo o apoio, todo o companheirismo, todas as parcerias.
Um carinho mais do que especial para os que entraram na minha vida.
Todos que conheci, todos com que junto fiz festa, gritei, pulei, conversei sério também, conheci um pouco além de apenas um nome e sobrenome.
(especialmente aos vizinhos de varanda, que eu incomodei até dizer chega).
Um carinho especial também para aqueles que não conversei muito.
Ora, vocês também fizeram parte de tudo que eu vivi, e vocês também serão lembrados.
Um carinhos a todos vocês que fizeram esta viagem acontecer, pois, ir sozinha para lá, não seria NADA, e sem vocês, não haveria mágica ou lembrança boa alguma na melhor semana da minha vida.
Por fim, aos que leram até aqui, venho fazer um pedido.
Um pedido com carinho.
Durante a viagem, e antes também, ouvi varias vezes a frase: “Sabem quantas pessoas da minha turma de terceirão eu ainda tenho contato Nenhuma.
E com vocês será a mesma coisa.” E sabe o que nós fizemos ao escutar isso Alguns choraram, alguns aceitaram em silêncio, e uns poucos pensaram que não seria assim.
Eu peço a TODOS que pensem que não será assim.
Porque dessa vez, não podemos fazer diferente Porque aceitar que o tempo nos separe, que a vida nos leve para longe Aceitar isso seria assumir que somos fracos, que nada teve real valor, que tudo significará apenas fotos velhas em um álbum.
Não, não pode ser assim.
Não deixem que o tempo leve o melhor de vocês, não deixem que o tempo leve aqueles que lhe serviram de alicerce em sua caminhada, serviram de base na construção de seu caráter.
Não deixe que a vida leve o que de melhor você obteve.
Fica aqui um pedido de uma amiga.
Um pedido difícil, mas não impossível.
08/2008 kety