Carlos Alexandre C. Pereira

Amor platônico.
Talvez o mais cruel deles seja aquele que esteja sempre ao alcance de um olhar.
Talvez seja um castigo necessário, que a mente pague todos os dias, só para que um coração bobo possa se inocentar.
Um olhar com o mesmo desejo de sempre, as almas se reconhecem, apenas nasceram em lugares diferentes.
Um brinquedo caro que uma criança gostaria de ter, o menino pobre que enche os olhos olhando a vitrine, pois sabe que por mais que possa quere la, o que está ali, está tão perto, mas jamais poderá tê la.
Se o homem sofre com amor platônico, o poeta versa tal sentimento retraído.
E assim acontece o amor, nem sempre no lugar certo, mas sempre se tornando perfeito, mesmo que platônico, mas quando recíproco é reconhecido.

Sabe aquela menina, que no ano passado tinha vinte e poucos, esse ano ainda não chegou as trinta.
Mas é incrível como ela cresceu
Menina esforçada que estuda e trabalha, mulher virtuosa tem espinhos como todas as rosas, mas está cada dia mais linda como uma flor.
Menina mulher, igual a ela ainda não encontrei, ser humano com princípios, coração dos mais lindos.
Mulher menina, consegue estar sempre linda, sempre encanta com seu jeito de ser.
Menina dos cabelos lindos, lábios atraentes, olhos reluzentes.
Mulher com valores encantadores, desperta sempre admiração, sonhos com esplendor.
Menina rara, mulher apaixonante, alguém como ela não se encontra por aí, por isso a certeza de quando encontrar tentar conquistar.
Mostrar a ela todo o valor que tem diante da vida, garantir que ela entenda que é linda e sempre será.
Menina mulher, mulher menina, fascina um homem sem esforço fazer, e por isso ele sabe que mesmo fazendo tudo que puder, sempre terá de fazer mais, para sua reciprocidade tentar merecer.
Pra quem entende a beleza divina que tem a mulher, sabe que essa menina é linda da cabeça aos pés.
E que além de um corpo bonito, belos cabelos e olhos que transmitem e atraem paixão, não se olha uma mulher assim apenas a beleza física em questão, mas com um olhar profundo apreciando também a alma que tem esse mulherão.