Amar não é prender, é libertar, e as vezes dizer adeus
Era uma vez um belo rapaz, que vivia perambulando sobre a terra em uma busca constante por significado.
Dia após dia, indo em busca por sinceridade, honestidade, transparência, e coisas genuínas.
Sabia ele que tais coisas são extremamente difíceis de se encontrar, e o mundo no qual vivemos é extremamente cruel, mas ainda assim, a sua perseverança era preponderante.
Certo dia, quando estava distraído e buscando ao máximo aproveitar o momento, se deparou então a um passarinho, que de maneira intrigante, despertou seu interesse.
Pois em sua jornada jamais se deparou a algo que havia chamado tanta atenção, e então, mesmo sem saber nada sobre, passou a querer descobrir ainda mais sobre tal, até que num outro belo dia se deparou novamente e pode notar definitivamente que existia muito significado naquele simples passarinho.
Dias se passaram e o interesse do rapaz, cada vez ficara maior e mais explícito, até então se encantar profundamente e deixar se envolver por tudo aquilo que buscava.
Viu no passarinho tudo o que era de mais puro e genuíno, e passou a cultivar com imenso carinho e amor.
Pois o afeto que lhe proporcionava era algo sem igual, único e extremamente raro.
Passou a ser incontestável, e as vezes até mesmo inexplicável, tudo o que o passarinho propôs aquele ser, mas então, num certo dia, o passarinho decidiu alçar voo, e não teve outra opção a não ser deixar a quem mais o cativou.
Além do sofrimento causado pelo apego teve a sensação de alívio, pois o rapaz se dedicou e empenhou todos os dias para tratar da melhor maneira o passarinho, propondo inúmeros e únicos momentos, vividos com a pureza e intensidade, repletos de amor e carinho nos quais jamais foram vistos.
Ainda assim, a vontade do passarinho era de voar, de explorar o mundo e suas inúmeras possibilidades, mas sempre carregando em seu coração, toda a pureza dos momentos que tivera.
O rapaz compreendeu a decisão do passarinho e continuou sua formidável jornada, sabendo que a decisão de não optar por prender o passarinho numa mera gaiola foi a mais sábia a se fazer, pois se tivera, certamente teria o perdido e desfigurado completamente o significado dos seus momentos juntos.
Pois em meio as suas jornadas, sabiamente aprendeu que quanto mais buscamos prender algo a nós mais o perdemos, e na primeira oportunidade que o passarinho tivesse, fugiria.
Embora seu amor pelo passarinho fosse sem igual, sabia que se o deixasse livre, seria escolha por livre e espontânea vontade voltar para os braços daquele que o amou.
Aprendeu que a liberdade é algo que se deve valorizar muito, e que cada um deve seguir seu caminho, por mais que as vezes exista sofrimento, mas que venha cumprir seu propósito.
Proposito este que o passarinho teve de apresentar o amor, onde menos esperava, num dado e inesperado lugar, no momento no qual o rapaz estava distraído, mas que o mudou completamente, mudando não só suas perspectivas sobre a vida, mas consequentemente a maneira de viver.
Vivendo intensamente cada momento, sabendo que hora outra, um passarinho aparece, ou até mesmo reaparece, e que o significado venha a propor os mais formidáveis, intensos e infinitos momentos.