Esconder se no porão, de vez em quando, é necessidade vital.
Precisamos de silêncio e solidão, e, não, apenas os poetas.
Senão, corremos o perigo de nos esvairmos em som, fúria e esterilidade.
O campo para que a palavra se instale para o autor e para o leitor é o campo do silêncio e da audição.
(Em jornal 'O Tempo', 16 de outubro de 2010)