Ficamos esperando o momento certo das coisas.
A hora certa de dizer que ama.
De chamar alguém pra sair.
De sair do lugar que estamos, jogar tudo pra cima e recomeçar do zero.
Ficamos esperando ‘as coisas se ajeitarem’ pra que a gente tome a iniciativa.
Ficamos colocando os nossos sonhos de lado e tentamos planejar o que é imprevisível para o tempo.
Muitas vezes, somos reféns do medo que carregamos.
Porque achamos que as chances das coisas darem errado são menores se for a hora certa delas acontecerem.
Esquecemos, porém, que em cada passo que damos, temos metade da chance de pisar em falso.
Seja na hora certa, ou agora.
A vida é um risco.
Um sopro imprevisível que, de tanto esperar, pode nunca acontecer.
Uma oportunidade que passa e não volta mais.
Um momento qualquer do dia em que deveríamos avançar, mas hesitamos.
Dúvidas, medos e ponderações devem sempre nos acompanhar.
Mas nunca dominar as nossas decisões.
Precisamos ir com certeza.
Ir com vontade.
Ir com determinação.
Tem gente que espera tanto a hora certa para viver a coisa certa, que só fica a espera da morte.
Única certeza absoluta que teremos ao fim da caminhada.
Única hora que nunca se atrasa.
Por isso, devemos abraçar a vida com muita reflexão dos passos errados que demos.
Sem nunca evitar próximos passos.
Novas experiências.
Novos sonhos.
Novos aprendizados, principalmente se a gente se permite caminhar com a coragem de mudar.
Sempre que for preciso.