AUSÊNCIA
Hoje eu permitirei que a saudade morra em mim
Os teus olhos agridoce me engulam de solidão
Porque nada te poderei dar senão, está dor sem fim
Exausto me vejo na janela, e o quarto na escuridão
Ao fundo, uma melodia ao som de bandolim
Assim, me sinto na tua lembrança e tu na minha emoção
Não te quero ter por apenas te ter, quero ir além
Porém, cada gesto, palavras, suspiros, a alma em convulsão
Então, não digas nada porque o teu silêncio me convém
Os teus abraços em outros braços enlaçaram
Sinto que estas distante e sem uma tal essência
Eu deixarei tu irás, e as madrugadas companhias serão
E assim, eu serei e você será ausência!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Junho de 2018
Cerrado goiano
Paráfrase Vinícios de Moraes