Dura sorteEm meu semblante poemas de amor trafegam,nas esquinas de meu olhar,se firmam as tristezas de um pesar, busco o vácuo rumo ao infinito,lendas febris de um sonhador Se vou com a escuridão,que meu pensar custa em temer,afugentados pelos gritos da madrugada Duro amor nos afogou nas promessas,da liberdade, por libertinagem,recitarei na cadeia, aquela saudade, por quem me usurpou
Contemplamos o infinito por dessaber viver, inconformados com tudo se busca conforto no fim da existência, porém viver se solidifica com permanência sapiente na contundente carência do melhor existir meio á percalços
"O assassino se traveste de anjo só para poder ter asas, mas não sabe para quê elas servem."
No teu calar condoído, me calo em minha inversa prosa
No calar da noite se refaz o princípio de um novo dia
Algo visível e não divisível Estou em luto pela minha alegria que morre,vingativa a morte não se desfaz de minhas gotas,componho aquela canção em lágrimas,qual encharcam meu travesseiro, sono desata Passa por entre meus dedos algo insondável,minha vida transpassada em algarismos,faço contas de minha dor, porém não se compraz. Não sou um brinquedo em tuas sórdidas mãos,sou cancioneiro das madrugadas frias e molhadas,porém meu pranto não é uma mera ilusão
Não me desculpo; peço te perdão As lantejoulas sobrevoam em festa Sofro o abuso destas festividades de verão, porões da vida, em teus seios vidraças estilhaçadas me levam, numa viajem por nos domesticar