QUATRO HISTORINHAS DA ALEGRIA
"( )Sim, ele era encrenca, das boas.
( )Eu sabia o que estava fazendo, ele também: estávamos fazendo uma coisa errada.
( ) Gostei da luz, dos olhos dele.
Gostei que estava me encantando, gostei de não poder me encantar e mesmo assim estar me encantando.
( ) Apesar de todo esforço, meu poder era uma ilusão.
Apesar do desprendimento, eu me enganava o tempo todo.
( )Nada de alegria, alegria.
Ele fecha a porta e volta para sua vida real.
Para os dois, porque ele não era egoísta: tristeza, tristeza.
( ) Alegria, alegria.
Eu me implorava.
E dá para sentir isso o tempo todo Eu me cobrava tanto ser feliz que às vezes perdia a noção de que já era.
Fugir da felicidade ou fugir com ela
( ) Num ímpeto de tesão, ou talvez após um trabalho de consciência confusa que, por preguiça, acabava se decidindo impulsivamente, respondi ao e mail dele: sim, senhor.
Vamos para onde o senhor quiser, a hora que desejar e na posição que preferir.
Nem todas as histórias precisam ter virgens pálidas chorando às margens de um mar de espumas.
Nem tudo precisa ser romance tuberculoso.
Alegria, alegria.
( )A felicidade, assim como a bebedeira, vai e vem.
A felicidade, assim como o sexo, entra e sai.
A felicidade, assim como ele, era impossível.
Mas não é pra tentar ser feliz que a gente vive "