Da vida trago história.
Dos venenos mais letais já bebi em doses cavalares;
Das bebidas mais amargas, seu sabor já não me causa danos;
As idéias mais insanas, essas, povoam incessantemente meu âmago;
Os pensamentos mais complexos estão constantemente em minha cabeça e na ponta de minha pena;
Os sentimentos mais fortes permeiam meu cotidiano e me inspiram, por vezes;
Os delírios, dos mais doces aos mais veementemente loucos e inconseqüentes ilustram meus sonhos, em forma de espiral, quando durmo e quando estou acordada;
As vezes me "sinto" louca, meus devaneios confundem me.
Sinto me, muitas vezes, entre a realidade e a fantasia, entre a lucidez ou a ausência dela;
Mas, do ápice da minha insanidade, essa sobriedade que persiste em dominar me, não me permite voar de um penhasco.
Mas o meu vôo é mais poderoso porque vôo livre, escorregando em um colorido arco íris;
E, ai, bendigo, empurre me e voarei feliz até um farto pote de ouro.