Ele tinha rido, ele tinha chorado, era tudo tão novo, os papeis tinham se invertido.
Ele tinha seu corpo coberto por esperanças, tinha seu corpo desejando o dela.
Ele encarava a parede, suspirava incontestavelmente, ela era uma droga Uma das mais viciantes, pode se dizer.
Ele sempre precisava dela, e quando o finalmente tinha, era uma das sensações mais loucas e maravilhosas de suas vidas, ele ficava anestesiado, curado, em fim vivo.
Mas, quando ela não chegava, não vinha, não aparecia, não ligava, simplesmente fugia Ele ficava insano, desesperado ele precisava dele acima de qualquer coisa para viver, ele havia entrado em overdose em overdose do amor E no dia em que ela não chegou a voltar Não havia mas a historia de dependência Dependência de algo que, não o via mais Que foi embora E a partir daí ele começou a procurar em todos o que só ela sabia ser Então começou a ter varias, e deixou de ter uma novamente.
Começou a ter tantas que juntas completavam o que ela sabia ser por si só Uma tinha seu sorriso irônico, outra com as mãos delicadas pintadas sempre das cores mais loucas, uma chegou até mesmo a ter a mesma mania de olhar para cima envergonhada Mas nenhuma chegava aos seus pés, nenhuma possuía seu cheiro, a maciez de seus cabelos, nem mesmo chegavam a ter a coloração, algumas até podia ter seu humor inconstante, mas não do jeito que ele queria Ele saia com varias para ter uma só, a que ele desejava a unica que fez ele despertar Mas já era tarde demais.
Ele havia descoberto tarde demais, e hoje o seu maior vicio, sua maior droga Já tinha se tornado proibida, para a pessoa que mais a desejava.