SONETO DO VELHO AMIGO
Então, depois de tanto andar trilhado
Pesar rasgado nas retaliações, malícia
Eis que a amizade súplica por carícia
De amparo, dos tantos erros passado
Enfim, se calado, deixai de ter sevícia
E sentai tu, amigo, aqui do meu lado
É tão bom novamente em ter ti amado
Nunca abandonado, do afeto imperícia
E no abraço antigo, não fomos garrano
Perceba ao nosso arfante a se comover
Pois deixe na quimera o nosso engano
Amigo que é amigo nada e então explica
Estamos sempre reencontrando no viver
Necessidade e, no coração se multiplica
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano