O espírito da noite
À noite ruminando loucuras nos ouvidos dos casais
A lua como ícone sob o manto negro, rasgado.
Estrelas nas curvas sinuosas e abissais, nas ancas, na barriga e nos joelhos da adultera.
No punho tatuagem de amor, um nome firme como lâmina contaminada.
No coração um ferimento, esquartejamentos citoplasmáticos, linfa latente expulsando espíritos.
O espírito da noite sabe mais do maldito e da fístula sagrada.
As horas sucumbem ao animo desânimo, enquanto os santos descansam em finas almofadas.
A noite é meu cordão umbilical enrodilhada no tarô no corpo das ondas prateadas.