Há uma geração surgida em meio aos vazios da busca pela aceitação dos padrões impostos de beleza.
Muita gente nunca está bem consigo por conta da insegurança que é supor que sua aparência não agrada.
É complexo esse mundo das relações humanas de natureza sentimental.
Muitos não estão à procura de uma boa companhia, estão à procura de um produto bonito que possam exibir.
Muitas vezes, se preocupam somente com as aparências e não estão nem aí para os sentimentos.
Esse comportamento, que estimula desejar ser quem não se é, motiva ter uma imagem, muitas vezes, distorcida da verdadeira.
Motiva não se aceitar, por se achar descartável, feio ou rejeitável.
Uma imagem distorcida no reflexo do espelho, isso é o que muitos vêm: Traços indesejáveis de aparência e personalidade, que a sociedade endurecida pelo consumo das relações passageiras, não quer mais aceitar.
O grande motor de tudo isso é o temor da solidão.
Nos é cobrado ter centenas de amigos, redes sociais abarrotadas, bens, amores e beleza acima da média e com isso acabamos com medo da rejeição por não termos tudo aquilo que é exigido.
O espelho muitas vezes assusta, nos mostra o que não queremos ver.
Às vezes, esse mundo lá fora, egoísta, exigente e perfeitinho demais, é alimentado bem dentro de nós, sem a mínima necessidade.
Aceitar a aparência, o emprego ou a condição financeira não é obrigatório.
Existem mil e uma maneiras de modifica las.
O que não se deve, é viver de reclamações e tristezas por tê las.
Aceite ou mude.
A felicidade vai estar em uma dessas fases.
Se a fase da mudança estiver difícil, comece pela fase da aceitação.
É de lá que os primeiros vestígios de alegria plena e simples começam a surgir.
Lá estão os primeiros passos para o “novo eu no espelho”.
O amor próprio não mora no reflexo, dentro de padrões ou no olhar dos outros.
Ele nasce dentro do coração, cresce dentro da verdade e floresce dentro da própria alma.
Há belezas extraordinárias dentro e fora de cada pessoa.
Encontre a sua!
Floresça, também, fora do padrão!
As flores mais lindas florescem livres, nunca em jardins!