Algo visível e não divisível
Estou em luto pela minha alegria que morre,
vingativa a morte não se desfaz de minhas gotas,
componho aquela canção em lágrimas,
qual encharcam meu travesseiro, sono desata
Passa por entre meus dedos algo insondável,
minha vida transpassada em algarismos,
faço contas de minha dor, porém não se compraz.
Não sou um brinquedo em tuas sórdidas mãos,
sou cancioneiro das madrugadas frias e molhadas,
porém meu pranto não é uma mera ilusão