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Dhieferson Lopes

Eu a vi abdicar seus anseios para suprir as minhas vontades.
Ela negava os seus desejos para proporcionar me o contentamento.
Aquela mulher, constantemente, de tudo fazia para ver meus lábios desenharem um sorriso.
Minha mãe deu me os primeiros contatos ao amor – a versão mais afável, condescendente, admirável e grandiosa, um sentimento quase palpável.
Quando o meu afeto para com alguns colegas vizinhos e da escola evolucionou, uma vertente pura e doce do amor eclodiu.
Nomeados como amigos, aqueles indivíduos engrandeceram me.
Trouxeram me confiabilidade e companheirismo.
A companhia deles já era o bastante para o despertar da felicidade.
Minha adolescência mostrou me uma nova vertente do amor.
Esta se manifestou por alguém fora do meu âmbito familiar.
Sufocamentos demasiados, suspiros intensos, batimentos cardíacos acelerados, ciúmes incoercíveis, risos soltos e incontroláveis eram alguns dos sintomas que esta recente revelação trazia.
A vontade de crescer enquanto ser humano e o talante de fazer o outro feliz me dominavam.
Meu repertório pessoal fora crescendo.
Modos de defesas foram surgindo, causados, especificamente, pela não correspondência, por outros, ao meu sentimento.
O amor havia se tornado minha concepção absoluta, o resto se pusera como elementos secundários, coisas levadas pelo vento e exterminadas pelo tempo.
O amor é minha lei primordial.
Ele estivera junto a mim desde os meus primeiros passos de vida, permeando por todo meu processo evolutivo, e assim permanecerá até quando algum vestígio meu existir.

Eduardo,
De todas as cartas que eu já te escrevi, creio que não foram poucas, essa foi a que eu mais sentira dificuldades.
Escassas, pequenas e de pouca relevância são as palavras nesse momento, nem mesmo aquelas mais sublimes encontradas nos mais lindos e emocionantes romances fizeram alguma diferença.
Aqui, além de dizer te os efeitos da sua pessoa sobre a minha, tento descrever a mágica sensação que existe entre nós.
Palavras me fugiram.
Tão poucos são os vocábulos.
Vi me angustiado a procura de termos que pudessem exprimir o amor.
Separei uma lista enorme contendo os mais belos adjetivos encontrados na nossa língua, tão pequenos e insignificantes perante o sentimento que você fizera surgir.
Pensei em dizer tudo isso em um carro de som, para que todos pudessem ouvir, porém existem empecilhos no pensamento de muitos e eles jamais entenderiam a nossa intensa ligação.
Não foi por covardia, nem mesmo vergonha de declarar me a ti.
A possibilidade de algum indivíduo te machucar, te espancar ou até mesmo matar te ao descobrir e ver quão imenso é esse sentimento que possuímos um para com o outro, me fez desistir de imediato.
Se virássemos o mundo de cabeça para baixo para explicar o nosso amor, ainda assim existiriam muitos que jamais entenderiam.
Talvez por serem leigos, por não raciocinarem ou nunca terem de fato sentido o amor.
Longe de coisas como: você é o ar que respiro, meu amor é do tamanho do universo ou eu te amo do fundo do meu coração.
Você não é o meu oxigênio, nem tampouco uma barreira que me impede de respirar corretamente.
A única ligação que vejo de você com a minha respiração é o modo lento e profundo que a executo quando passo fortes emoções que envolvam você, sejam elas boas ou ruins.
Meu amor não é do tamanho do universo, sei que ele faz parte deste gigantesco, todavia não encontro possibilidades de medi lo.
Por mais que meu coração salte assustadoramente quando estou ao seu lado ou quando ele escuta qualquer coisa relacionada a você, não te amo do fundo dele e sei que não foi lá que o amor surgira.
Quem mais vibra e sente sua falta no interior de mim é a minha alma, e sei que é ela a principal parte minha responsável pelo nosso vínculo, ela se vivifica quando sente a sua presença.
Inexplicáveis são os efeitos que o seu corpo causa ao meu.
Seu toque espalha uma enorme energia que se expande por toda a extensão da minha pele.
Meu coração salta feito um prisioneiro desesperado em busca de liberdade e minha alma sente se confortada como um filho que volta a sua casa após uma grande jornada.
Eu te amo não seria o termo adequado para expressar todo o meu amor por você.
O que sinto por ti está muito além de uma frase, três palavras, sete letras e das definições chulas que muitos deram ao amor.
Do homem que não escolheu te amar, mas que escolheu ser seu por inteiro:
Alex

Eu a vi abdicar seus anseios para suprir as minhas vontades.
Ela negava os seus desejos para proporcionar me o contentamento.
Aquela mulher, constantemente, de tudo fazia para ver meus lábios desenharem um sorriso.
Minha mãe deu me os primeiros contatos ao amor – a versão mais afável, condescendente, admirável e grandiosa, um sentimento quase palpável.
Quando o meu afeto para com alguns colegas vizinhos e da escola evolucionou, uma vertente pura e doce do amor eclodiu.
Nomeados como amigos, aqueles indivíduos engrandeceram me.
Trouxeram me confiabilidade e companheirismo.
A companhia deles já era o bastante para o despertar da felicidade.
Minha adolescência mostrou me uma nova vertente do amor.
Esta se manifestou por alguém fora do meu âmbito familiar.
Sufocamentos demasiados, suspiros intensos, batimentos cardíacos acelerados, ciúmes incoercíveis, risos soltos e incontroláveis eram alguns dos sintomas que esta recente revelação trazia.
A vontade de crescer enquanto ser humano e o talante de fazer o outro feliz me dominavam.
Meu repertório pessoal fora crescendo.
Modos de defesas foram surgindo, causados, especificamente, pela não correspondência, por outros, ao meu sentimento.
O amor havia se tornado minha concepção absoluta, o resto se pusera como elementos secundários, coisas levadas pelo vento e exterminadas pelo tempo.
O amor é minha lei primordial.
Ele estivera junto a mim desde os meus primeiros passos de vida, permeando por todo meu processo evolutivo, e assim permanecerá até quando algum vestígio meu existir.

Carta de um ex apaixonado
Imune dos teus ataques estou.
O conjunto formativo do meu ser criou um escudo imbatível.
Ele responsabilizou se a proteger me.
Em algumas ocasiões posso aparentar ser frio, mas esta é apenas uma resposta automática do meu corpo que visa evitar recaídas.
O amor, próprio e para com os outros, ainda se encontra no meu interior.
O fato de você me ignorar já não me faz sofrer noites de ansiedade, meus pés não soam demasiadamente, como antes, a espera de uma resposta sua.
Sua frieza já não me arranca lágrimas.
A sua ausência deixou de me causar dores internas.
Meu corpo aprendeu a comportar se no mundo sem o seu do lado.
Você trouxe a mim outra concepção do uso do amor para com indivíduos frios.
Deixei de me portar como quando me conhecera.
Pensava eu que aqueles incapazes de corresponder um amor e/ou exageradamente insensíveis não carecessem de amor.
Todavia eu estava equivocado, eles necessitam muito mais de amor que os demais, eles não sabem o que é esse sentimento, estão estagnados às geleiras contidas em suas almas, desconhecem o calor e a vivacidade proporcionados pelo amor.
Mesmo após ter a ciência que você precisava extraordinariamente de amor, ainda assim, eu decidi afastar me de você.
Cresci enquanto habitante deste mundo de errantes.
É natural procurar seres evoluídos quando nos elevamos como ser humano.
Cansei de transbordar amor pelos poros e permitir percorrer sentimentos benévolos pelo meu corpo aos inaptos a corresponder tamanha magnificência.
Ignorar não faz parte de mim, ainda lhe tratarei como alguém valioso.
Porém você jamais terá o que um dia fora capaz de receber da minha pessoa.