Com a felicidade acontece o mesmo que com a verdade: não se possui, mas está se nela.
Sim, a felicidade não é mais do que o estar envolvido, reflexo da segurança do seio materno.
Por isso, nenhum ser feliz pode saber que o é.
Para ver a felicidade, teria de dela sair: seria então como um recém nascido.
Quem diz que é feliz mente, na medida em que jura, e peca assim contra a felicidade.
Só lhe é fiel quem diz: fui feliz.
A única relação da consciência com a felicidade é o agradecimento: tal constitui a sua incomparável dignidade.