Vivo por Conta Própria

Não importa o quanto eu tenha sofrido, pois agora já me acostumei a me virar sozinho.
Não quero mais que ninguém venha me questionar por que é que estou assim, sendo que, no momento em que eu mais precisei, todos viraram as costas para mim.
Agora sou eu por mim mesmo.

Depois de tantas decepções que eu vivi, preferi me isolar.
O mundo não merece a minha gentileza, nem mesmo saber dos meus problemas.
Ninguém vai me ajudar quando eu precisar, por isso me acostumei a não derramar mais as minhas lágrimas por aí, diante dos olhos dos outros.

Bem vindo ao clube da solidão.
É assim que a vida é: um eterno vazio, pontuado com pessoas que só se interessam com seu próprio bem estar.
Eu não nasci para fazer o mesmo, por isso escolhi me afastar de tudo que me causa dor e só sobrou eu mesmo nesse meu mundo.

Viver sozinho é difícil demais, mas a gente se adapta, o mundo nos ensina a sobreviver.
Eu não sei como cheguei a essa solidão, mas já que nela me encontro, vou aproveitar para cuidar de mim e não me importar mais com o mundo ou com as opiniões que me cercam.

Solidão, depois que me pegastes, eu já não sei como achar o caminho da saída.
Sinto me presa e um vazio enorme me consome, mas sei que é uma fase da vida.
Quem sabe um dia eu possa novamente confiar em alguém e dividir os momentos difíceis, mas se esse dia nunca chegar, eu terei aproveitado ao menos a minha própria companhia.

No fundo, sempre estamos sozinhos, pois quando a dificuldade aperta, ninguém está nem aí para você.
É cada um por si e Deus por todos.
O mundo é realmente complicado e a solidão é o que todas as pessoas vão viver no final, infelizmente.

Se sentir sozinho é ruim demais, com certeza é a pior experiência que eu já vivi na vida.
Mas como não posso obrigar alguém a me ouvir e estender a mão, eu apenas observo o mundo e vou aprendendo com as adversidades que surgem em meu caminho – sem o conselho de ninguém.

Sem perceber, afastei todos de mim.
Sem me dar contar, eu estava só, perdido no meio da multidão.
Por não dar ouvidos aos conselhos de quem me amava, acabei fazendo com que o meu destino fosse nunca mais receber a opinião e consolo de ninguém, tudo isso por causa do meu jeito durão de ser.

A vida nos prega cada peça! Logo eu, que morria de medo da solidão me encontro aqui, vivendo a.
Sem escolha, precisei me adaptar a uma nova vida, longe de qualquer pessoa que algum dia pensei que estaria por perto para me ajudar.

Viver sozinho tem seu lado bom.
Você aprende a se virar, a perceber mais o mundo a sua volta, fica esperto com os perigos e sempre cuida de si mesmo.
Mas há o lado ruim, pois não há ninguém para desabafar ou viver momentos únicos ao seu lado.

Do jeito que a vida quer, eu não sei se eu sirvo.
Várias vezes me senti como um capacho humano, uma pessoa com quem ninguém se importava.
De tanta paulada que tomei, de tantas decepções que vivi, me isolei e estou reaprendendo a sobreviver.

Eu não quero me deparar com falsas lembranças de um tempo que já vivi.
Eu não fui feliz quando estava no meio de pessoas que diziam me querer bem, mas na verdade me apunhalaram pelas costas.
Hoje também não estou feliz, mas por escolha própria, pois preferi a solidão a ter de conhecer gente nova e me decepcionar outra vez.

Toda vez que paro para imaginar o que está se passando comigo, me deparo somente com o meu reflexo no espelho.
Esse é único e não há espaço para compartilhar o de mais ninguém.
Nessa minha vida, vivo só, mas eu não reclamo mais.
Aprendi que as pessoas certas aparecem no momento predestinado, então de nada adiantará eu apressar as coisas e tentar fugir dessa solidão que corrói o meu peito, pois todo esforço será em vão.

A solidão me pegou de jeito, não tenho mais como ignorá la.
Dói no peito O vazio que sinto é imenso, mas não há o que fazer, apenas encarar essa fase como um grande aprendizado.

Eu sinto falta do tempo em que havia alguém para me apoiar, dividir segredos, desabafar.
Sinto falta das gargalhadas intermináveis que dava com os meus amigos, dos beijos doces que trocava com os amores, do abraço apertado dos meus familiares.
Hoje não tenho mais nada disso, mas o que dói mais é saber que um dia senti tudo isso e desperdicei