Dormir sem ter climaé separar da mulhere ficar morando em cima.
Tudo quanto pensoTudo quanto souÉ um deserto imensoOnde nem eu estou
Outrora eu era daqui, e hoje regresso estrangeiro,Forasteiro do que vejo e ouço, velho de mim.Já vi tudo, ainda o que nunca vi, nem o que nunca verei.Eu reinei no que nunca fui.
A caixa que não tem tampaFica sempre destapadaDá me um sorriso dos teusPorque não quero mais nada.
Sem a loucura que é o homemMais que a besta sadia,Cadáver adiado que procria
Ah, a Esta Alma Que Não ArdeAH, a esta alma que não arde .Não envolve, porque ama,A esperança, ainda que vã,O esquecimento que viveEntre o orvalho da tarde.E o orvalho da manhã