Passamos o final de semana juntos.
Parece pouco, mas foi o suficiente pra deixar aquele gostinho de quero mais.
Não sei se é sorte ou a vida me sacaneando mais uma vez, mas deve existir alguma explicação sensata pro fato de morarmos longe um do outro.
Prefiro encarar como uma coisa boa.
Descobri que esse negócio de saudade faz bem.
Nada melhor do que ficar uns diazinhos afastados pra valorizar os minutos que se tem por perto.
E os planos pra quando formos nos encontrar de novo.
Sempre divertidos, leves.
Vontade boa essa, do tempo passar rápido, de experimentar milhares de sensações diferentes.
Dessa vez, sem afobação, sem o mínimo de pressa.
A necessidade ali era apenas uma: curtir o momento.
Se me perguntarem o que temos – se é que temos alguma coisa – não vou saber responder.
Prefiro ficar sem resposta.
Agora se me perguntarem sobre meu estado de espírito, não terei dúvida em dizer que tô feliz e segura de mim.
Que tô em paz.
E olha que legal, deixei toda a insegurança e medo de lado pra cair de cabeça em tudo que eu achar que merece minha atenção.
Só me preocupo com o agora.
Não me importo com absolutamente nada que falem a meu respeito, nem com o que acham de mim.
Sempre vai ter alguém pra dar opinião sem ser pedida mesmo, não dá pra agradar todo mundo.
E pra ser sincera, nunca fiz questão.
Não me importo mais também em fazer romance em cima de conto breve.
Eles servem pra isso.
Render ótimas histórias.
Se tem uma coisa que cada um que passou pela minha vida me ensinou, é isso.
Sempre poderemos tirar proveito de algo bom e render boas lembranças.
Dessa vez, prefiro me contentar com o agora.
Com os gestos, as palavras, e com o que eu sinto.
Pela primeira vez, me prometi não entender, só sentir.