Uma beleza interior que nos faz repensar
Eu estava tranquila, mesmo que meu medo já tivesse diminuído àquela altura, eu ainda tinha muito medo de avião.
Disse que o hábito não passa de uma longa prática e assim consegui domar meus medos.
A melhor solução era entender que a única coisa a ser feita seria ter consciência de minhas atitudes diante do medo.
Lembrei me de nunca me tornar uma pessoa paralisada por meus receios.
A vida moderna nos leva a comer rápido demais, sem mastigar direito e sem saborear a comida, no entanto, eu comia com prazer minhas refeições saudáveis e deliciosas.
O amor basta se a si mesmo, eu dizia a mim mesma, parafraseado grandes sábios, o meu relacionamento comigo mesma era evolutivo, poucas pessoas têm comportamentos tão equilibrados.
Diante dele eu precisava fazer alguma coisa por mim própria para me sentir bem, precisava de avaliação e reflexão, precisava descobrir quem eu era de verdade, precisava pensar no belo e no sentido da vida.
Eu não conto tudo que sofro, sou o oposto de equilíbrio, combino minha vida em altos e baixos, tenho desinteresse sexual passageiro, sou controladora e estou descontente com o rumo da minha vida.
Aprendi a arte de planejar, o futuro daria conta, um passo de cada vez e eu mudaria.
Comecei a por cada coisa em seu lugar, desordem no ambiente, desordem na mente.
Ia ser uma tarefa bem mais complicada do que eu achava, a primeira mudança foi cortar o cabelo Chanel curto e desgrenhado, a segunda mudança foi aprender que eu não precisava mendigar atenção, sufocar o parceiro, me desvalorizar, mas minhas emoções me induziam a isso.
O problema era eu.
A amizade entre mim e ele não era igualitária, eu o sugava, mas ele agia com desprendimento e leveza, muitas vezes eu sentava sem pensar em nada, eu amava perder tempo olhando para a imensidão do céu.
Eu fazia meu corpo e minha mente refletirem, tinha atalho para o caminho mais curto que saciava meus anseios.
Fechei os olhos, relaxei os músculos, tranquilizei a respiração e agradeci por grande aprendizado.