Nem sorte, nem destino.
Eu costumo dizer que um bom relacionamento (ou uma boa aventura amorosa) nasce de uma combinação infalível de fatores múltiplos, quase que uma equação de segundo grau com algumas incógnitas.
Dedico meu tempo pra falar disso porque acho importante a gente pensar que existem fatores mais fortes (pra bem e pra mal) que influenciam nisso: compatibilidade, sorte, atração, paixão, amor, proximidade, afinidade, outras coisas e o maldito timing.
O timing define o momento de alguém.
É a situação específica que determina o que você quer e pra quais possibilidades você está aberto.
Então quando aquele seu amigo (ou amiga) disser que você joga fora oportunidades que aparecem na vida, conta pra ele que existe um reloginho interno, malcriado que só, que se chama timing e te impede de fazer algumas coisas nas horas certas.
Uma semana depois, quase no Natal, desliguei meu telefone.
Passei a não usar mais as mensagens com tanta frequência e deixei aquela possibilidade de paixão a dois morrendo no frigobar.
Desinteresse Nah, era timing.
É quase tão importante quanto a atração e o sentimento duma relação, mas ele pode colocar todos os outros em risco mesmo que estejam balanceados.
Ganhei um jogo novo da FIFA e o GTA V nunca foi tão jogado assim em toda a história pós compra do meu vídeo game.
Cachorro tava alimentado, as plantas estavam regadas, a casa em dia.
E não adianta forçar a barra porque timing não é adestrado, assim como as tuas emoções também não são.
Geralmente é uma pena.
Ela gostava de umas coisas estranhas, mas tinha um certo interesse bonito nisso.
E me ouvia.
Ouvia bastante.
Minha indignação com o timing surgiu há pouco mais de dois meses.
A situação tava ótima, a saúde tava em dia, até a dieta de segunda feira eu tinha começado.