Recentemente, sofri uma desilusão terrível.
O curioso nas desilusões é o fato de elas serem como sonhos incríveis que temos em uma noite de sono, mas logo são interrompidos pela manhã.
É exatamente esse sentimento de que nada, talvez, pudesse ter sido real.
Sabe se que o amor é um sentimento intocável, indescritível, mas podemos descrever aquilo que chega o mais perto da ideia do amor: o estar apaixonado.
Estar apaixonado é como um alucinógeno, se formos tratar o significado da palavra como o que já vem de origem.
Se entregar ao amor é desistir em parte dos escudos que você formou antes para não se machucar com terríveis sentimentos.
Ele substitui o que quer tenha nas suas emoções e estabelece um novo sentido ao que é sentimento.
Você vê coisas que não acreditava, sente coisas que não sabia que poderia sentir tudo parece um sonho real.
A felicidade, portanto, parece algo tão alcançável como gotas de chuva em um deserto.
Você resisti no começo, mas, no final, acaba olhando para o lado e pensa: “acho que a felicidade realmente existe”.
Mas então essa chuva cessa, o calor e desconforto volta e o “amor”, mesmo querendo continuar em você, acaba sendo arrastado para longe, te deixando sem rumo.
É, alguns amores têm um fim.
E como o fim de tudo o que é bom, é uma desilusão.
A realidade cai em você como se fosse uma tempestade de raios secos tempestade essa interior e exterior.
Você se vê perdido e a única saída que tem é a saída que diz “não há escapatória”.
E você volta recolhendo o que sobrou de si no chão ao seu redor.
Acaba encontrando um pedaço de amizade ali, um pedaço de felicidade aqui talvez esteja vendo uma parte da esperança bem na linha do horizonte e fim.
Você para, e pensa: para que algo tenha um fim, ele deve ter começado em algum lugar no tempo.
Depois, é só olhar para o que tem em mãos, mas cuidado para não manchar o que restou com lágrimas pesadas como resposta a uma voz no fundo que sempre existiu.
“Eu te avisei”.