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Textos sobre Escola

PÚBLICO E PRIVADO: NA MESMA PRIVADA
Demétrio Sena, Magé RJ.
Ouvi, na escola pública em que trabalho, um colega diminuir verbalmente os professores da rede particular, com afirmações como: "se estou no serviço público é porque fiz um concurso e passei; portanto, sou mais qualificado.".
Para não ser chamado ao assunto e dizer o que penso, que certamente o chatearia, saí da sala dos professores e fui planejar o meu trabalho em outro ambiente.
Não vejo assim.
Não acho que o professor da escola pública ou qualquer outro servidor público seja mais qualificado que os funcionários de qualquer empresa privada, porque passou em concurso.
Creio que passar em concurso público implica uma série de circunstâncias que nem sempre têm a ver com capacidade maior ou menor do indivíduo.
Seria prolixo discorrer sobre as mais diversas questões que envolvem o não ingresso na máquina de um dos poderes.
Uma delas é não desejar fazê lo.
A outra é a decisão de não insistir, depois de uma ou duas tentativas, não por insegurança ou frustração, mas por tranquilidade, mesmo.
Também não acho que seja o contrário; que os funcionários das empresas privadas sejam mais capacitados que os servidores públicos.
Considero que de ambos os lados existem os competentes e os incompetentes; os de boa e má vontade; os comprometidos e os sem compromisso com a causa.
Os que amam e dão a vida pelo que fazem, e os que não estão "nem aí" para os resultados de seu trabalho, porque não interessa o próximo.
Por fim, não tenho problema em afirmar que o que leva um servidor público a diminuir um funcionário particular é o preconceito social.
Tem a ver com segregação por causa da diferença de proventos e do falso status conferido por não se sabe quem ou quê ao indivíduo que trabalha para o poder público.
É estatutário.
Se eu fosse meu colega, teria cuidado ao expressar esse preconceito, para não ter que ouvir, em algum momento, máximas ou assertivas que não deseja.
Um exemplo disto seria o que já ouvi, de um professor de rede privada: "o professor público só precisa ser competente uma vez; ou seja; na hora de prestar concurso.
Já o professor da rede particular, se quiser manter o emprego tem que ser competente a vida inteira.".
Como se vê, cada lado tem os seus argumentos e artifícios para menosprezar o outro.

Vida escola severina.
Na minha opinião o que se ensina na escola destrói o caráter.
Vemos nada mais do que uma pontuação, se fizermos coisas boas ganhamos pontos maiores, eles te dão pontos por comportamento, mas não ensinam como se comportar, mandam que nos calemos para que eles estejam sempre certos, e não nos ensina a diferenciar o que é certo do que é errado.
Eles nos dão uma média para que se não quisermos nos sentir melhor que os outros nos mantermos na média, e não nos ensinam que os pontos vão ser bem úteis para a aceitação em uma faculdade de primeira.
"Também não ensinam que a base de toda conquista é o professor."
Ensinam isso na televisão, o que é pior, porque acreditamos nela de certa forma.
E cada professor tem um caráter específico, o que influência o aluno a ser como aquele professor e não a ser como bem quer ou escolhe.
Aprendemos isso com os nossos pais.
Na escola somos egoístas.
O grupo ganha o ponto, mas o que interessa é o interesse individual.
Na vida somos forçados a trabalhar com outras pessoas, e assim somos reconhecidos pelo tanto que tentamos ajudar ao próximo, mas na escola não podemos influenciar na decisão de um professor pela nota de um amigo que teve um deslise ou que esteve mal e não pode estudar para a prova por assuntos pessoais que as vezes nem mesmo podemos dizer naquele ambiente por medo de que os próprios companheiros de classe nos interprete mal e nos abuse com as "resenhas" da escola.
Nas escolas ensinam que se fizermos tudo mais cedo podemos ir embora, mas que devemos estar na escola porque é melhor que a nossa casa e a gente sempre se comunica melhor.
Na vida, aprendemos que temos horários pra tudo, e que as vezes pais de família não se alimentam direito para que os seus filhos se alimentem melhor.
Na escola, sobra tempo e o desperdiçamos, na vida não sobra tempo, e normalmente o tempo nos atropela.
Na escola não nos ensina a sermos pais, tios, nem mesmo filhos.
A vida tem sempre que mudar para que a pessoa se torne alguém melhor e capaz.
O que ensinam nas escolas não tem respeito algum com o ser humano.

Enquanto se arrumava para ir à escola, fez questão de pôr seu melhor acessório: um grande e sincero sorriso.
Foi se direcionando à porta e ao abrí la sentiu um suave frescor em seu rosto.
Conforme o vento se intensificava e bagunçava seus cabelos, seus olhos se enchiam de brilho ao admirarem o que havia ao seu redor.
Não era nada atrativo, mas, sim, coisas simples que capturavam sua atenção.
Era primavera e as flores florescendo faziam ela pensar em sua vida.
Em quem era e em quem estava se transformando.
Estava finalmente conhecendo a si mesma e conseguindo enxergar as mais belas flores florescendo dentro de si.
Tentando tirar de sua cabeça da prova de matemática que teria na mesma manhã, se prendia ao que via e em tudo que aquilo significava para ela.
Ela via pássaros voando e isso a fazia sentir uma enorme leveza por, enfim, estar tirando os pés do chão e deixando libertar se.
Ah, e aquelas coloridas borboletas voando em diversas direções que eram seguidas pelo seu olhar encantado Antes de terem as cores mais vivas, se rastejavam e tinham uma aparência nada agradável.
Isso a fazia refletir sobre todos os momentos angustiantes que viveu e sobre como eles faziam parte de sua própia fase de lagarta.
Tudo parecia cenário perfeito para fotografias.
Aliás, que fotografias ficariam registradas em seu álbum de momentos Que retratos contariam a sua história Caminhando pelas ruas e calçadas, era possível notar como algumas eram sujas e descuidados, enquanto outras eram totalmente diferentes.
Essas calçadas a faziam recordar das pessoas que passaram pela sua vida e dos inúmeros sentimentos que as mesmas despertaram nela.
Já chegando ao portão da escola, achando que nada mais encontraria que aguçasse seus sentidos e imaginação, se deparou com uma enorme árvore.
Uma linda árvore.
E com o seu olhar fixo na mesma, ela conseguiu sentir uma sensação maravilhosa que lhe causava ansiedade.
A sensação de estar crescendo.
E o que faria depois Daria belos e deliciosos frutos ou secaria com o tempo Conforme entrava na escola e examinava todos aqueles alunos conversando uns com os outros, provavelmente sobre os assuntos mais fúteis possíveis, enquanto pensava sobre como eles se preocupavam tanto com suas festas de fins de semana e na parceria para pagar uma bebida enquanto a amizade era simplesmente uma palavra esquecida dentro de um dicionário, ela dizia a si mesma para não deixar as suas folhas caírem, para regar suas pequenas sementes.
Afinal, sonhos sempre parecem pequenos no início.

às vezes é preciso viver além de, além de comprar um tenis novo e caro, além de ir à escola fazer bagunça na sala de aula, além de ir aos fim de semanas pra festas, beber e fingir que a vida é só isso.
a vida está além.
a vida está além de um tenis, de bagunça e festas.
a vida está nos gestos, nas palavras e até nos fracassos e revoltas, a vida precisa estar além disso, a vida precisa ser mais..
esses dias eu ouvi uma história que contava: um casal muito rico tinha um único filho já adolescente, que por sinal era totalmente dependente das drogas e quase nunca dormia em casa.
um menino bonito, com idade pra estudar e quem sabe ser uma médico competente, como seu pai.
tratamento no exterior, internação, escolas melhores e de alto custo, viagens, programações diferentes, foram tantas, mais tantas formas que o casal tentou pra fazer com que o único filho pudesse se livrar desse problema.
foram gastos milhões de reais na esperança de um dia ver o filho sorrindo outra vez.
anos se passaram, o filho morreu num acidente de carro, com mais alguns amigos voltando de uma festa onde as pessoas fumavam drogas e bebiam, sem entender que a vida de cada uma elas estaria além daquilo.
e não mais que esperado, elas acabaram descobrindo que ali não só estaria a vida, mais de repente poderia ser a morte.
desoito anos, a vida parou, a vida se esqueceu de continuar, a vida não foi além de.
seus pais, como todos se lamentaram e por incrivel que pareça ainda se culparam por não ter feito o bastante, por ainda poderem gastar mais com o filho.
é tão facil econtrar formas pra dizer que foi errado, formas pra chorar, formas pra se trancar no quarto e não querer abrir a porta pra mãe que insiste em saber qual é o problema.
o que esperamos fazer morrer, e nunca saber o que é viver além além de fumar e se drogar toda noite com os amigos, além de ter dinheiro suficiente pra pagar o tratamento do filho, e não ter dinheiro para evitar sua morte.
além de.
às vezes eu acho que as pessoas não conseguem achar a solução pro seus problemas porque simplismente não sabem o que é viver além.
perdeu o emprego, sujou a roupa nova e cara, não pode ir na maior festa que vai acontecer, perdeu os pais, perdeu o filho, está esperando ansiosamente o salário que já está a dois meses atrasado.
e aí qual o lucro que podemos ter se cruzarmos os braços,abaixar a cabeça e chorar há certas verdades que precisamos entender, mesmo que seja dificil e quase impossivel viver sem os pais, sem o filho, sem o emprego, sem a roupa, sem a festa.
é preciso olhar pro outro horizonte que diz pra vivermos além daquelas coisas tão inuteis e vazias, que só nos vão fazer desistir de viver.
creio que o menino de desoito anos poderia estar aqui e se formar pra doutor, se conseguisse viver além, se conseguisse ao menos olhar pro outro lado de sua vida boa e fácil.
aceite, nada é fácil.
é preciso ser dificil pra ser vida, pra ser prazer.
é preciso ser dificil pra ser além ..