Quando chegamos ao ponto de conversar sem trocar uma só palavra imergimos em uma intimidade real.
A barreira da superficialidade é superada.
Caminhamos em cumplicidade.
Deixamos o jogo de aparências.
Neste momento a guarda já está baixa, e nos colocamos em uma condição de vulnerabilidade.
Quando já se confia consciente do risco da perda.
É uma rendição consciente, racional, não meramente reflexo dos sentimentos.
Mas talvez o o que todos precisamos é não erguer fortalezas, ou apenas saber o momento de derrubá las.
Usar a desconfiança como um farol que reflete nossa prudência não significa nunca arriscar.
Mas saber o momento certo de se permitir perder, mas não se vence quem não se permite tentar mais uma vez.