A gente sofre nessa vida em nossa busca solitária pelos nossos sonhos.
As vezes nos sentimos culpados e "adúlteros" com nós mesmos quando insistimos em virar a cara para os pensamentos que tentam nos desestimular diariamente.
Parece que estamos mesmo sendo colocados à prova todos os dias.
Sentimos, por vezes, uma barreira entre nós, face ao que fomos, somos ou ainda poderemos ser, e os outros.
Por vezes somos vítimas de um efeito psicossomático que perturba essa busca que empreendemos mais por vício de nos tornarmos alguma coisa do que por necessidade.
Tentamos, inutilmente, afastar lembranças nessa busca, mas, o que conseguimos, muitas vezes, é uma satisfação incompleta.
E, por isso, vamos vivendo desinteressados, ocos, indiferentes.
Quase vazios de sentimentos, ante a maldade que o destino faz com a maioria de nós, pelo acaso.
Muitas vezes, tudo o que queremos é não olhar, não ter que olhar para o futuro, viver sem precisar se abastecer de qualquer estímulo para tanto.
Aí, quando chegamos nesse ponto, começamos a ruminar o passado e isto passa a constituir o nosso presente.
Você espera em Deus, ou qualquer coisa ligada a alguma crença pessoal, que algo encontre por você.
E passa a esperar.
Essa busca, pressentimos, é muito difícil e sofrida, dada a nossa falta de fé, ou até mesmo ao excesso dela, que faz a gente insistir nas coisas.
E aí, até esse dia chegar, sem saber se irá chegar, ficamos numa espécie de oração, rezando, ou como qualquer um pode chamar este processo, confiante em que essas orações cheguem até algum "Deus" e o pior, sem que ele leve em conta os pecados que cada um de nós carrega nas costas.
É a vida.