FILHOS SÃO COMO NAVIOS
Ao olhar um navio no porto imaginamos que ele esteja em seu lugar mais seguro, protegido por uma forte ancora.
Às vezes não percebemos que ali ele está em preparação, abastecimento e provisão para se lançar ao mar, ao destino para o qual foi criado, indo ao encontro de suas próprias aventuras.
Dependendo do que a força da natureza lhes reserva, poderá ter que desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos.
Certamente retornará fortalecido pelo aprendizado adquirido, mais enriquecido pelas diferentes culturas percorridas.
E haverá muita gente no porto feliz à sua espera.
Assim são os filhos.
Por mais segurança que possam sentir junto aos pais, eles nasceram para singrar os mares da vida e viver suas próprias aventuras.
Certo que levarão consigo os exemplos dos pais, o que eles aprenderam e os conhecimentos da escola, mas a vivência e a experiência própria é necessária.
É claro que o lugar mais seguro que o navio pode estar é o porto.
Mas ele não foi feito para permanecer ali.
Se os filhos foram destinados a partir, temos que perceber que ninguém pode traçar o seu destino, mas deve estar consciente de que na bagagem devem levar valores herdados como: humildade, honestidade, disciplina, gratidão e generosidade.
Porém, para isso, precisam ser preparados e amados, na certeza de que: quem ama educa.
Ah! Como é difícil soltar as amarras.
(Içami Tiba)